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Mostrando postagens de novembro, 2013

ALMA GÊMEA

Por que você se perdeu, e nasceu longe de mim, querida alma afim? Por que fizestes isso conosco, se poderíamos ser namorados eternos em todos os horizontes? Por que me fizestes isso? Por que fugistes de mim? Por que me deixastes solitária procurando para sempre a outra parte de mim? E por que, agora, apareces se já não me reconheces?... Solineide Maria - às 06:50 (28-11-2013) Curtir  ·   ·  Promover  ·  Compartilhar

DESEJOS PARA QUEM FOI EMBORA

Quero que seja feliz. MUITO FELIZ. E quero que tenha uma dúzia de filhos. Quero que, com eles, você cresça e apareça. Quero esquecer o passado: que não nos fez bem. E, quando for bem velhinha, bem velhinha, bem velhinha, MUITO VELHINHA quero poder dizer AMÉM. SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA Curtir  ·   ·  Promover  ·  Compartilhar

PRECE EM FAVOR DE UM AMOR SEM CARNE

Meu Deus, meus deuses: que possamos amar quem amamos. Que possamos amar se amamos... Que possamos amar sem posse, sem dor, sem pose... Que possamos esquecer a CARNE, que possamos esquecer a CARNE, que possamos sobreviver sem CARNE... Meu Deus, meus deuses, ajudai-nos a sermos diamantes lapidados e amar sem ter que pegar... Sem precisar tocar, sem querer ser possuidor. Meu Deus, meus deuses... SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA

ABERTURA

"Você penetrou em minha alma, de posse de todas as senhas". Nem foi preciso entrar nem foi preciso. Você penetrou em minha alma como um pensamento bom; livrando-me do tormento da dor de um apagamento. Você penetrou em minha vida e fez jorrar esperança em forma de sentimento. SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA Curtir  ·   ·  Promover  ·  Compartilhar

A FELICIDADE NÃO MENTE

Vê? A felicidade não mente, olhe para mim. Sente? Consinta que sente. Sente-se, vamos conversar. Não se defenda do bem que te entrego. A felicidade não mente. SOLINEIDE MARIA Curtir  ·   ·  Compartilhar  ·  Seguir (desfazer) publicação  ·  Promover

A enxurrada

A enxurrada de gente escoa para o metrô. Cada pessoa uma gota, de esperança, sobretudo, mas esperança é bicho frágil... A enxurrada de esperança escoa para o metrô, desce os degraus, entra nas frestas que as levam para lugares diferentes. Cada gota vai prum canto, mas sozinhas, dispersadas, perdem o encantamento e a força. Cada gota separada, não diferencia nada, tornam-se coisas ego ístas, pensam apenas em regar suas plantações de sonhos, querem um rio inteirinho para si, não olham a gota de esperança vizinha, desidratando. Gotículas separadas não sopesam, não compartilham. Juntas, elas compartilham? Naquela embarcação moderna, elas compartilham? Compartilham as frestas, ou estão ali porque estão, e pronto? Perde a graça aquela enxurrada, quando escoam para lugares ímpares. Então, a inutilidade da multidão em que se transformam, deixa uma dúvida pertinente, que atravessa o meu dia: _ É uma enxurrada de esperança, ou de egoísmo? A enxurrada tem força que nunca saboreou, não do je

DEIXA FLORIR I

Eu não quero saber se demorou, Você chegou. Isso é o que há, isso é que importa. Deixa em paz. Deixa florir. Sorri para mim. Tire proveito da felicidade. SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA

DEIXA FLORIR II

Chegou. Está aqui. Então deixa em paz. Foi tão bom aflorar assim. Parece que foi agora. Qual nada. Você sabe o tempo que a gente se perdeu... Quantas bocas, quantas mãos, quanto desperdício de tudo. Mas eu não quero mais saber! Você chegou! Isso é o que há! Deixa em paz. Deixa florir. Sorri para mim, Tire proveito da felicidade... SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA Curtir  ·   ·  Promover  ·  Compartilhar

CURUMIM II

Um homem branco enfeitiçou meu coração de menina-curumim. Agora, eu não sei se a chuva, se as árvores, ou se o rio, mas hoje, esse homem branco, não saiu de dentro do meu pequeno coração indígena. SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA

CURUMIM I

Um menina-curumim gostou de mim. Olhou-me e disse assim: _ Sim, quero você, homem branco. SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA

ROGATIVA

 Abraça-me como quem nunca sentiu um corpo de mulher em suas mãos. Abraça-me como quem está febril, mas firme como quem sabe do amor. Abraça-me como se pudesses ser o nobre Baltasar da minha vida. E como se eu pudesse ser pra ti uma forte e corajosa Blimunda. SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA

DO LIVRO: A "poeta" amorosa de SOLINEIDE MARIA DE OLIEVIRA

III Agora que sinto amor Sinto outras coisas. Outras coisas que eram para serem Mas não eram, porque eu não sentia o amor. Sinto o cheiro de toda a primavera, Sinto o odor das ruas, Sinto o cheiro do amor das andorinhas Sinto o cheiro do amor dEele. Eu sei que tais cheiros (e odores) existiam, Mas agora que sinto o amor É diferente: Eu não preciso olhar pra ver. Não preciso cheirar para sentir. AUTORA: Solineide maria de Oliveira. LIVRO: A "poeta" amorosa (2014). Curtir  ·   ·  Promover  ·  Compartilhar

LONGE

Longe é aqui mesmo, dentro... Quando a vontade de partir não obedece à fraqueza de arrumar as malas do esquecimento... Solineide Maria

AMOR DE PASSAGEM

Quero um amor de passagem, para me levantar o moral. Um amor de passagem, para arrumar meus cabelos. Para fazer um café e tomar comigo. Depois, juntos, ouvir o som do silêncio. Sabia que o silêncio é som? Um amor de passagem que nem uma casa de passagem... Que nem uma choupana para pescadores descansarem... Que nem uma Casa Polar... Depois, melhorada, dexarei(ia) uma oferenda em agradecimento ao conforto, consolo, cuidado, amor de passagem... SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA

DA POBREZA DO POETA

O poeta sofre feito todo mundo. Mas sofre mais... Porque as palavras lhe identificam mais (as coisas). O poeta sofre muito... Muito... MUITO... Talvez , o poeta tenha vindo de um planeta menor... Tem mania de grandeza (o poeta); tem mania de miudeza (o poeta). ÀS VEZES, O POETA NÃO TEM NADA, NADA, NADA. ABSOLUTAMENTE NADA... Por isso escreve. SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA

Poeminha em primeira pessoa feliz!

Eu rio... Eu mar... Eu lagoa. Eu piscina: eu na boa! De Solineide Maria para Myla, Ana Beatriz e Mylena (alunas do oitavo ano DECISÃO).

DE UMA BETE PARA OUTRA

Bete querida;  Uma noite de choro é companheira da paz que virá. Virá... Tem de vir, porque senão é melhor ir atrás de um caminhão de lixo. Poxa... Sabe Bete... Estou perdendo tempo. Isso me incomoda bastante, mas é automático...  Não me considere, por isso, uma total idiota, só metade idiota ok? Porque saiba de uma coisa: estou alerta. Os sinais me indicam final de tonteira à vista. Até me apaixonei novamente, mas o moço me deu o fora antes de ficar interessado.  Veja que ridículo Bete, que situação mais desonrosa, para quem, nesse momento, não poderia ser afastada (novamente).  No entanto, estou firme... Um dia um psicólogo vai descobrir de que síndrome estou afetada... Uma amiga disse que se trata da “síndrome do vira-lata”.  Você acha Bete? Acha que tenho indícios de cão sem dono? De um cão que procura uma casa, que em verdade, nunca existiu? Achei poética essa síndrome...  Olha só Bete, acho que o intelectual Schopenhauer tinha razão quando disse que “as grandes dore

A MAIS SOLTEIRA ENTRE AS SOLTEIRAS

O homem estava solteiro. Estava solteiro e sozinho na festa... Estava bem, bonitão, vestindo uma calça jeans e uma camisa branca, toda branca. Disse-me que gostava de boa música e boa conversa. Disse-me que andava meio em baixa, mas estava, agora, bem melhor. Disse-me que estava mais alegre, depois de um tempo em baixa... Havia "perdido" um amor. Falamos sobre muitas coisas. Também eu lhe contei sobre amargores e amarguras, mas não nos fixamos nessas dissertações expositivas sem proveito. Ele me ofereceu um guaraná e aceitei. Depois, com olhar inquieto (olhava as mulheres), confessou-me que olhava para ver. Sorri. Lógico que olhamos para ver. Quem não o faz. Ele disse que acontece. Concordei. Alguns olham e nunca veem (eu estaria nesse contexto?). Preocupei-me... Ele perguntou se estava bem, pois saí dali por um minuto, acho. Respondi que sim. Perguntei o que estava procurando, ele se abriu dizendo que procurava "a mais solteira, entre as solteiras". Sorri baixinho

Poema sem palavras

Um poema nasceu pela manhã. Com um jeito de velho, esquecido. O assunto, confuso, frouxo, escuso, mais do que esquisito. Assunto desses que parece não fazer sentido. Um poema nasceu de manhã cedo. De um parto de um sono mal dormido. De um sono do medo do cansaço, de não ter muito feito e vivido. O poema, meu Deus, não disse nada. Feito quando a gente sente e não diz palavra. Feito quando sabemos a razão e a boca não fala. SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA

HERANÇA REJEITADA

Minha herança não lhe interessava... Pouca coisa: um tamborete,  um pote de barro, no caso de enfeitar a mesa com flores... Uma moringa, uma cabeça longe... longe... Em busca de declarações de amor que nunca me fizestes... Minha herança não te interessava: uma menina de porcelana com longos cabelos pretos... Muito pretos. Uma conta bancária quase zero, um terreno acidentado sem escritura. Não te interessava meu corpo pequeno, (apenas quando estavas com fome). Meu corpo não te fazia nenhuma diferença ( a não ser quando estava nu). Muito menos minha alma poderia te interessar... Por isso detestavas as palavras escritas e faladas. Solineide Maria

AMARELA

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De cor se vive e se eterniza!  A voz na mão fica possível...  A primavera é toda vida!   A cor é tão fundamental,  enche de paz qualquer janela...  De vez em quando é tão total feito essa aqui, toda AMARELA!!( Solineide Maria para Fabrício e sua flor amarela.

PELA ENÉSIMA VEZ

Você quer se casar comigo? Ela perguntou pela enésima vez àquele homem que não dizia nada. Ele desconversou pela enésima vez e forrou a cama com um lençol que apanhara no armário. As pontas não conseguiram se adequar ao colchão e, como sempre, ela adequou-as, fixando bem devagar o elástico às bordas daquele colchão familiar. Ele perguntou (feito sempre) quer tomar banho? Ela respondeu... Não. Ela silenciou e sentou-se no sofá que dava para uma TV antiga, mas de imagem boa. Ela ouviu pela enésima vez a água caindo, depois de algum tempo de silêncio (ele tinha passado 10 minutos no vaso). Ele gritou que a água estava boa... Ela sorriu baixinho, chorando. Pensou em sair sem dizer nada. Mas ficou (pela enésima vez). E pela enésima vez fez sexo. E pela enésima vez levantou-se, tomou banho e esperou que ele acordasse para levá-la de volta para casa. No caminho se perguntava pela enésima vez por que fazia aquilo. Por que não acabava com aquilo ali... Por que não estudava Psicologia como a v

Chuva e café

Você há de lembrar (um dia) daquele beijo todo festa. E, de noite, antes de dormir, pedirá à Santa Teresa (protetora dos poetas e poetisas) que guie minhas mãos e minhas pernas, na direção da paz... Essa paz que a chuva agora (pela janela) lembrou-me... Você há de desejar minha felicidade (um dia) e fará preces ansiosas à Nossa Senhora dos Que Desistem de Ficar... para que tudo o mais que me ocorra seja glorioso e santo. E há de lembrar com saudade dos banhos de balde... E há de lembrar com saudade dos cafés da tarde (adoçados com a leitura de vários poemas inéditos)... Mas nesse tempo (que breve chegará) já estarei MUITO BEM... Já estarei tão bem, mas TANTO, que suas preces não serão (mais) necessárias... AMÉM. Solineide Maria (para quem PREFERIU lavar as mãos).