LUANDA E LEITURA (Dedico esta crônica, especialmente aos meus padrinhos de casamento civil: Marisa e Flávio Couto)
Andar por Luanda é ter certeza que nada se sabe... Não se entende muita coisa, isso, claro, se você for “de fora”. Ser “de fora” no sentido de ser estrangeiro. Há um disco de Caetano, chamado O estrangeiro (que amo!), onde se pode encontrar uma canção que intitula a obra, a qual narra sobre um estrangeiro falando sobre as coisas do Brasil. No caso específico da canção, o estrangeiro “fala mal” da Baía de Guanabara. Caetano responderia ao ilustre estrangeiro, esse homem “de fora”, perguntando a ele (o “de fora”) sobre o que seria uma coisa bela. Não é preciso dizer que o poeta, músico, escritor, “coache”, intelectual (em minha opinião) Caetano, surpreende em mais uma extraordinária composição. E nos dá um banho de beleza! Andei, ontem, por Luanda, ouvindo essa canção em meus ouvidos espirituais. Porque é mesmo assim como se lê na música: “o que é uma coisa bela”? Enxerguei muitas coisas belas em minha caminhada... E surpreendeu-me entender, ao menos um pouco, os motivos