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Mostrando postagens de junho, 2014
O verso é o reverso das coisas de dentro... SOLINEIDE MARIA

O DIÁRIO DE UMA VIRGEM LOUCA (folha 9)

Um poeta comum escreve coisas sobre a vida comum. Não escreve sobre as doideiras da Mente? Certo? Errado! Hoje um poeta comum me disse que coisas pequenas são muito grandes... E que se você reparar bem, as coisas grandes são um emaranhado de pequenas coisas. E que a vida começa aos 40. E que sexo por sexo esvai a energia da pessoa. E que amor sem sexo é uma grande maravilha, porque prova que é amor mesmo. E que se um dia você fica triste e a pessoa que está ao lado fica triste junto; é sinal de que ela te ama do mais profundo de sua alma... E que se a palavra não basta numa discussão, melhor silenciar. E que se há muita discussão e não diálogo, melhor nem começar a próxima... Olha... Esses poetas comuns são EXTRAORDINÁRIOS! Agosto de 2003. SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA

SOLICITAÇÃO PARA SER MATERIAL DE USO E DESUSO

Senhor, quero ser seu travesseiro, sua toalha de mão, sua sandália, seu cantil de água, sua caneca de barro. Quero ser o que possa servir para uso ou desuso. Você é quem sabe Senhor, para que sirvo... E quero ser um pano de chão para secar a sola de suas sandálias. Deixa que eu seja Senhor o prato para acolher seu alimento Divino. Deixa que sirva para além daquilo que me alisto. E se não tiver nenhuma serventia Pai, deixa que eu seja o último a ser dispensado para ver se dará tempo de o Senhor ver se me utiliza em algo... SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA (Em homenagem àquela história de Oscho, onde o peregrino apenas dizia, em prece: "Deus me deixa catar seus piolhos"...) Brasil, Copa do Mundo, 20-06-2014 Curtir

MINHA MELHOR MANEIRA DE REZAR

Acho que converso com bem melhor com Deus escrevendo... É uma maneira de rezar. Escrevo uns versos, apago outros... Depois revejo o que escrevi. Claro que tem participações especiais do Astral, porque palavras são mini aparelhos para nos servirem... E são para o bem ou para o mal de nosso astral íntimo (e dos outros) Por isso devemos pronunciar o MÍNIMO de palavras "baixo astral". E claro que as palavras são para o alto astral de todos nós, mas a CONTEMPORANEIDADE está a fazer um mal uso danado delas... Por isso não temos mais quem nos ouça... Todos querem falar, falar, falar... Não quero ser Palestrante Senhor, quero ser OUVINTE. E quero falar o mínimo possível... O mínimo possível... Até um dia ser digna de falar (e entender) uma única palavra: AMOR. SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA (Copa do Mundo, 20-06-2014)

BETE ESCONDE O ÓBVIO...

Uma vez a Bete estava triste. Triste mesmo.  Era assim uma tristeza oriunda de muitos acontecimentos tristinhos. Tristinhos que só vendo. Uma pessoa disse para Bete que aquela tristeza ia acabar deixando-a doente. Mas Bete disse que a tristeza é, já, uma espécie de doença.  A pessoa insistiu que ela poderia entristecer-se até ficar doente fisicamente. Bete não respondeu nada.  Sabe por quê Bete não respondeu nada? Porque só se explica o óbvio da dor da gente, àquele que está interessado em ajudar... SOLINEIDE MARIA

O SILÊNCIO É LINGUAGEM...

Quando você não tiver nada para falar... Não fale nada. Solineide Maria

Companhia da palavra

Um dia a palavra estava tristinha, aí chegou um companheiro e se encostou nela. Chamava-se reticencias... (Solineide Maria)

Desejos oriundos da pós leitura de um Manual Prático...

Gostaria de ser muito técnica, muito. Daí conseguiria ser muito prática, muito. Depois seria muito objetiva, muito. E, talvez, atingisse a perfeição: ser o menos humana possível. Solineide Maria

Pequenas estrofes para Aldous Huxley

Queria pegar carona num vento que me levasse para a esquina de mim e me empurrasse para dentro. Solineide Maria

O PERIGO DE SABER LER

As palavras indicam. Nessas horas, não é lá muito bom saber ver num código arrumado em vocábulo, o que o outro não disse, mas quis dizer. Nessas horas é um pouco triste saber ler... SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA Maio de 2014