Postagens

Mostrando postagens de maio, 2013

O MOVIMENTO DA MUDANÇA

Para mudar é preciso um movimento. Não precisa ser um GRANDE movimento, basta um movimento. Pode ser o mais simples, o menor de todos, mas é preciso se mover. Não se muda,  ficando no mesmo ponto. Não se muda,  permanecendo no mesmo lugar... É preciso mover-se. Para mudar é preciso  levantar-se, sentar-se, sair ou entrar. Partir, ou ficar, de outro jeito... Mas é preciso mexer-se. Solineide Maria Maio de 2013

Da alegria

Eu queria tanto escrever um poema alegre, Bem alegre! Tão alegre que não deixasse nenhuma fissura, Nenhum espaço, nenhuma borda Sem sua maciez. A alegria é macia (deve ser). Ela chega como os primeiros raios de sol, Silenciosamente... Ela abraça a pele, enxuga o coração, Põe a alma da gente pra dormir. Deve ser... Solineide Maria

LIVRO

Levo a vida Indo. Vou, ou Rezando, ou LENDO, Ou amando... (Solineide Maria)

Poema sem título 1

Poema sem título 1 Nascer é esquecer a morte. Esquecer a data de aniversário. De maneira que possamos encontrar vida pós extinção. Você precisa nascer para a vida, dizem... Agora entendo... Nem sempre viver é estar vivo. Estar vivo é atravessar com força as coisas. Nadar ferozmente, andar velozmente, respirar vividamente. Mesmo estando sem força... No ápice da lentidão... Por um triz de vida... O meio termo não acrescenta: estar mais ou menos, médio, fraco. Nessas horas o improviso é perfeito. O improviso é para os melhores, mais safos, mais vividos! Viver é um auto-arrebatamento diário... ( Solineide Maria )

O ATO DE ESCREVER

É preciso escrever com decisão.  Com técnica.  Com confiança, mesmo que a desconfiança entenda que estamos, lá no fundo, nervosos. Não é falta de interesse...  Existem algumas técnicas muito úteis. Outras... São bem "mentirosas"...  É preciso ler para ter o que escrever...  Inútil se atabalhoar em palavras e palavras, se você não leu sobre o assunto sobre o qual se destina escrever (isso só não vale para psicografia).  É preciso parar de frequentar salas de aulas (MUITO caras às vezes) se você não se decide por escrever.  Tem que chegar em casa e sentar e ler e pensar e organizar o pensamento e escrever. Simples assim.  Solineide Maria (2011)

BILHETE PARA MADRE TERESA

Madre querida... Empresta-me teu colo, para que nele possa chorar, sorrir, acalmar minhas dúvidas. Madre bendita... Empresta-me teus olhos, para que possa enxergar (de fato). Empresta-me tuas mãos, Madre santa, para que possa escrever palavras iluminadas, “iluminativas”, Iluminadoras... Madre Teresa... Vem aqui hoje à noite, vamos tomar um café... Deixe-me falar bobagens sobre o que penso, ou, apenas para que veja meu olhar entristecido. Tenho certeza que com seu abraço, ele seria, de pronto, aquecido.  Solineide Maria

BILHETE SOBRE CECÍLIA MEIRELES

Não se lê Cecília Meireles e pronto. Ela não deixa a gente descansar as ideias... Os sentimentos... Ninguém lê Cecília Meireles e pronto... Pronto e acabado não existe em Cecília Meireles. O poema , nela, fica em aberto... O leitor fica "paralisado" por uma hora. Pensando... Ninguém lê Cecília Meireles e vai para a praia tomar sol. Tomar cerveja. Falar bobagem... Ninguém volta ser a mesma pessoa depois de Cecília Meireles.  Solineide Maria

"Amar se aprende amando"

Acabei de amar uma mulher.  Ela me olhou nervosa,  boca cheia de ar,  mãos ansiosas...  Agarrou com força em minha mão e gritou...  "Você pegou meu lugar na fila"!!!!!!!!!! Eu a toquei no braço e respondi:  "Por favor, me perdoe...  Cheguei e não perguntei quem era o último na fila".  Pelo susto, minha voz estava embargada (medo).  Ela me olhou e retrucou:  "Não tem importância"...  Seu tom de voz baixou   e seu olhar me pediu desculpas,  ao mesmo tempo que confidenciava:  "Estou tão preocupada com minha filha...   Parece que é leucemia".  Colhi novamente suas mãos e nada disse...  Ofereci um pão doce  (havia passado na padaria,   depois do exame a fome se anunciaria).  Ela aceitou o pão doce,  eu desisti do exame  e repartimos nosso silêncio.  Ela contou que está sem trabalho,  que seu marido foi embora,  que amanhã a filha será internada.  Respondi que ela tem sorte,  pois está

PALAVRAS PRESAS

Palavras presas  são doenças em ebulição...  Quando não,  já aparecidas na pele,  na boca,  nos olhos da cara e da alma,  nos ossos,  nas veias,  no sangue... NÃO!!!!! Solineide Maria

RENATO ME DISSE EU TE AMO

Jovem de tudo lá pelas bandas de 198e bolinha era FÃ do Legião... Vocês já sabem. rs  “Bueno”... Renato morreu e nunca realizei meu sonho adolescente: ir a um show da banda que “traduzia” aquela geração... Ele me descrevia também.  Escrevi umas letras para ele. rs Pensava em mandar pelo correio. Ingenuidade. Para quê??? Ele escrevia sua tolinha!... Acompanhei como pude a discografia (gravava em fitas cassete). “Bolachão” não era barato para “pobre”.  Aliás, arte nunca foi coisa barata para pobre (financeiramente). Eis que Renato Russo morre. Foi uma coisa muito triste, já escrevi sobre isso... E eu que nunca o vi pessoalmente, fiquei um pouco morta também.  Morta por procurar outra banda que me dissesse. Outro poeta... Sei lá. Quando a gente gosta de alguém, a gente morre um pouco quando perde essa pessoa. Mas me aventurei mais pela poesia escrita (por mim e pelos poetas e poetisas).  Comecei a perceber a “polifonia” nas letras de Russo, antes de saber o que era “polifonia