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Relato sobre insônia, a visita de um astro do Rock brasileiro, os barulhos de ferro no céu e possíveis poemas pandêmicos.

Luanda, 30 de Junho de 2020. Ele perguntou se podíamos conversar um pouco já que estava acordada em plena madrugada quinze para as três da madrugada. “Caiu da cama donzela?!” sorriu baixinho. Pedi silêncio para Jorge não acordar, ele disse que não ia tocar guitarra, nem trombeta. Fechei a porta do quarto e fomos para a cozinha. Enquanto esperávamos o café ele disse: “Sol, deveríamos tomar chá em vez de café. Mas tradição é tradição”. E sorriu com a mão na boca, a abafar o ruído da risada. Café pronto, brindamos nossas canecas e fomos para a sala. Ele havia aberto a janela para ouvir melhor o barulho do céu. Eu lhe perguntei se ele sabia o que era aquele barulho e ele disse: “Melhor não saber muita coisa Sol. Posso dizer, apenas, que é Deus arrumando as coisas”. Depois falou que é melhor ficar quietinha e escrever e ler e estudar. Eu concordei. No entanto ele deu uma pista a mais e disse que a nova etapa vem com mais calma, mas pede mais consciência. Eu lhe disse: “Etapa na cara,