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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

OS DOIS CAMINHOS

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Tenho dois caminhos por seguir: Um me diz sempre que a vida é doce E santa, O outro desmente. O outro caminho, lapidoso, Diz que estarei evoluindo, Caso suporte a dor Que for surgindo. O caminho de luz e alegria, Traz um monte de coisas numa cesta: Flores mis, festa e dança. Serpentinas... O caminho que diz que evoluo, Faz das tripas coração Para me ofertar algum pão, Alguma água, um cadinho. Não consigo eleger... Tenho que decidir: Ser feliz e dançar? Sentir dor e crescer? De Solineide Maria  Fotos: Solineide Maria - Local: Praia da Barra em Ilhéus-Bahia. Janeiro 2011.

Quero ir para onde vou

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Quero uma hora sozinha para brincar de ser eu. Para brincar de ser minha, quero uma noite inteirinha. Para brincar de ser mais que uma pessoa sozinha. Na busca de ser melhor, quero esquecer minhas rinhas... Rinhas de mim para comigo, brigando para vencer meus vícios, as más tendências quero sim soerguer. Quero uma vida inteirinha para acertar quem eu sou. Para acertar a altura, quero ir para onde vou. Solineide Maria

TIPO ASSIM

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Quero escrever uma música Com refrão simples assim. Tipo... Tipo assim. Uma música. Uma música que diga o que sinto Assim... tipo dessas músicas Sabe? Tipo assim, essas músicas românticas, Essas de amor, de romance. Sabe? Tipos assim, bem fáceis. Com um refrão tipo bem fácil, Tipo assim... Para Isaura De "tia" Solineide E a menina me dizendo "tipo assim" e eu sem entender o que ela estava querendo dizer. Foi muito engraçado. rs  Eu perguntei que tipo de música ela mais gostava, ela disse que todas, mas que estava apaixonada e queria escrever uma música para ele. "Poesia é difícil tia", disse assim e foi para a cadeira. (sala de aula) A conversa me inspirou. Quase escrevi alguma coisa... rsrs

Ultima Entrevista a Paulo Freire 1° parte

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O CASAMENTO

Casamento pode ser um ofício. E pode ser colher, garfo. Pode ser cansaço da vida. Pode ser dia na praia. Casamento pode ser silêncios tristes. Pode ser tristes conversas. Casamento alegra, casamento entristece. Mas casamento tem dessas. Solineide Maria

CASO SIM (a resposta idealizada)

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Caso sim Mande fazer a barra do vestido Prepararei o vinho e o bolo: Eu mando Lio fazer. Convidados, apenas os amigos E aqueles que conosco se alegrarem Por termos a coragem de dizer Sim - ao amor nascido. Já tenho roupa, não se preocupe comigo. Ademais, o que importa é estar bem Para lhe aguardar. Sei que não tens muitas vaidades, Que preferes as coisas mais simplórias, Sei o quanto se alegra com apenas Um café e uma história. Caso sim, A viagem será para uma praia, Onde a vista pro mar se alongue Tanto, que nem precisaremos de proa. Caso sim.

ONDE FOSTES DESAGUAR?

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Cadê os barcos e as canoas? E as águas que corriam alegres Fazendo chuá, chuá? Cachoeirinhas de águas Caindo por sobre as pedras... Onde foram parar as corredeiras? Onde, Diz menino triste Cachoeira... Cadê as   lavadeiras e seus filhos? Onde foram parar suas risadas, Brincadeira de pirata, Onde, Cachoeira, fostes desaguar? Solineide Maria

O MEDO

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o medo veio ontem em minha casa, contou-me de diversas travessuras que quis empreender, mas receou, preferindo dormir tardes inteiras. Contou-me que quis ir à uma praia onde se fabricam velas indestrutíveis para aqueles que desejam velejar seguro. No entanto, resolveu deixar pra lá... Lembrou-se que quase foi à China, quando assistiu a um documentário, e ligou respondendo alguma coisa. Sortearam o seu nome. Mas sozinho? Viajar? Perdeu, o medo, a oportunidade de amar, porque não se acostumaria com a tristeza, se a amada (ou amado) o abandonasse... Melhor se aquietar com as almofadas. O medo nessa hora chorou muito. Disse-me que quando for mais corajoso, esquecerá de todos os perigos que almas muito frágeis alimentam. Mostrou-me como suas mãos tremiam, pediu-me que servisse um café, mas logo desistiu: medo de insônia... Abraçou-me frouxinho e disse: até ... Solineide Maria 16-02-2011 Para mim , para Rafaela, Priscila, Ag

O AMOR

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O amor, disseram, é um tal fogo que nos consome. Tal labareda que instiga uma fome. Trilha que perde e de repente triste se faz. O amor, disseram, é uma luz Que se distrai. É uma palavra mal usada e não mais dita Da forma exata de como um dia fora inscrita. O amor, não sei, Parece luz, Parece fogo, parece brisa... E este meu amor, querido homem: Agora sopra uma certeza que já não sabe Nem onde e nem quando se assegure. Talvez exista porto, casa, peito, Paragem. Mas é que o medo agora sopra (quase) unânime. Quase maior do que a certeza que antes soprava, Em teus ouvidos uma mensagem. Também, eu, quero te encontrar Num espaço e tempo ainda possível Para amar. Seria, no entanto, auspicioso? Fornalhas entristecidas Podem voltar a foguear? O amor, disseram, É um contentar-se de descontente. Inverno de 2010.

Entrevista Especial com Pedro Demo sobre Educação

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É triste mesmo

É mesmo triste esperar príncipes encantados, ficar na espreita de um doce e bom cavalo ou barco. É mesmo triste olhar e ver que tudo é vago. Que o silêncio é o nobre amigo do pouco abraço... Também é triste ficar vivendo de temperança, perder a hora, perder a crença, perder a dança. É triste mesmo ficar perdida, feito criança numa avenida. É triste mesmo esperar sempre uma mudança, e se abraçar ao vão de um fio de esperança. Para Paula Faraone e eu (rsrsrs)

A MEMÓRIA DO TROVADORISMO NA CANÇÃO ADMIRÁVEL GADO NOVO

Este "clipezinho" fez parte de um trabalho realizado por Solineide Maria (essa que vos escreve)  dois colegas do Curso Letras - UESC/2007-2011. Deu saudade... a gente ainda verdinho, lá no início, tateando o que era estar na Academia. rs Um abraço para Agildo Santos e Bruna Bispo, pessoas que se tornaram amigos meus.

DESENCONTRO (OU O CANSAÇO DOS SENTIMENTOS)

Ele chega e senta e diz olá. Eu, pensando no primeiro encontro. Por que não conseguimos encontrar nosso parceiro de meses, como se fosse o primeiro encontro e experimentar o olhar e a ansiedade do beijo, a empolgação de querer ouvir e querer falar? Por que, em algum momento, perdemos a paciência de deixar que o outro se fale, se exponha e seja dono de suas opiniões e se estabane todo querendo se dizer e se expressar? Por que será que diante das primeiras falas, após algum tempo juntos, há uma certa morosidade no ouvir e no falar? Onde deixamos que o fio inicial se estique e esgarce? Onde? Ele diz olá e avisa - sem emoção - que não pode demorar. Eu, então, penso em falar: por que me chamou? Por que me convidou? Não digo, não consigo dizer. Porque não conseguiria, depois, desdizer. Então respondo que tudo bem, pois que não saberia o que fazer se ele desaparecesse... Daí eu conto que fiz umas coisas e outras, ele com o olhar atento não sei a onde. A onde é que a gente perde o olhar do do

"MULHER DEMAIS DÁ PROBLEMA"

No início, todos estavam nus e era bonito. Depois (com a traição) todos ficaram envergonhados. Eva já não satisfazia mais, tinha de ser com mais... Foi quando Adão percebeu (hoje em dia) que mais de uma mulher, que mulher demais dá problema . Problema  é que tudo demais dá problema. No início todos eram nus, e era bonito...

A SOLIDÃO

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A solidão é muito bonita, mas nunca acertou no amor. O tempo, seu atual namorado, só quer passar um tempo com ela... É muito lida, sabe alemão, às vezes costura cortinas artesanais. Sabe tantas coisas sobre o mar, lá moram muitos dos seus ancestrais. A solidão é um tanto imatura, acredita no outro demais... Acredita que tem uns que gostam dela. A solidão é um tanto esquisita, adora chocolate, laço de fita, literatura. E nunca acertou no amor...

O TEMPO

O tempo dorme muito. Em sua casa não existem relógios. É amigo intimo da saudade E namorado da solidão. Em sua cama, sempre desforrada, Ficam livros sobre a confusão do ser diante do tempo. Ele gosta muito de Platão. Ele ri do ser. Ele é o tempo. Sua namorada agoniza, porque passa mais tempo sozinha do que por ele acompanhada. Mas ele não liga, faz sexo com ela para tirá-la de tempo. Ela, então, fica feliz. Mesmo sabendo que depois de um triz de segundo, sentirá solidão. Solineide Maria

A SAUDADE

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A saudade tem um chale violeta. Ela chora mil vezes por dia. E senta para tomar café, quase toda hora. A saudade não tem hora, sua casa não tem relógios. Esse tempo, para ela, não existe. Será que, por isso, ela quase não dorme? A saudade gosta de Poesia, lê um livro por dia. Sabia? Sabia que a saudade gosta de dançar, mesmo sendo tão melancólica? A saudade tem um chale violeta. E muitos papeis em sua escrivaninha, escreve cartas, bilhetes e aforismos; gosta de ver o sol se despedir, todo dia.

MUDANÇA

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No que você muda, saem coisas velhas do fundo das gavetas. E saem de si.  Do seu ser intracasa . No que você põe dentro da caixa a roupa em desuso, faz usar a ideia de doá-la. Desmontando a casa, você encontra coisas dadas por perdidas: alegria, entusiasmo, esperança, euforia, botões, brinquedos, fita para cabelo, fita para empacotar, par de meia, par de sapato, pilhas, presilhas, roupa desaparecida, tesourinha... Coisas tão sumidas, que se faz difícil crê-las encontradas. E dentro de nós também ocorre mudança: de conceitos, emoções, rumo, pensamentos, sentimentos, visão... Estarão a salvo, os maus hábitos, estes, são terríveis de serem extirpados... É preciso, para com com os tais, vontade firme de vê-los extintos! Mas tudo é possível quando a ideia de mudar nos acompanha.Na mudança, há rearranjamento, reajustes, retoques. Então, você se toca mais uma vez, que coisa definitiva não há. No que você muda, saem coisas velhas do fundo das gavetas da memória: cerebral, coronária, emocional