MUDANÇA


No que você muda, saem coisas velhas do fundo das gavetas. E saem de si.  Do seu ser intracasa.
No que você põe dentro da caixa a roupa em desuso, faz usar a ideia de doá-la.
Desmontando a casa, você encontra coisas dadas por perdidas:
alegria,
entusiasmo,
esperança,
euforia,
botões,
brinquedos,
fita para cabelo,
fita para empacotar,
par de meia,
par de sapato,
pilhas,
presilhas,
roupa desaparecida,
tesourinha...
Coisas tão sumidas, que se faz difícil crê-las encontradas.
E dentro de nós também ocorre mudança: de conceitos, emoções, rumo, pensamentos, sentimentos, visão...
Estarão a salvo, os maus hábitos, estes, são terríveis de serem extirpados...
É preciso, para com com os tais, vontade firme de vê-los extintos! Mas tudo é possível quando a ideia de mudar nos acompanha.Na mudança, há rearranjamento, reajustes, retoques. Então, você se toca mais uma vez, que coisa definitiva não há.
No que você muda, saem coisas velhas do fundo das gavetas da memória: cerebral, coronária, emocional. Você as atualiza, guarda as saudáveis, segrega as menos saudáveis, localiza, limpa, reorganiza os sentimentos: sente alguma melancolia novamente e continua a vida.

O IDEAL SERIA MUDAR
TODO SANTO E 
BOM DIA!
Ótimo Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro, Janeiro, Fev...














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