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Mostrando postagens de setembro, 2012

Oração para a simplicidade

Senhor,  ajuda-me a me ver livre de mim...  Das minhas preferências (inclusive de amigos). , Ajuda-me a calar,  calar,  calar,  até virar um jarro mudo,  cuja única utilidade  seja a de servir de abrigo  para rosas brancas e belas.  Solineide Maria de Oliveira
Uma palavra apenas Que des diga; você tem? Empresta-me?... Solineide Maria

Metal contra as nuvens...

Não quero ser seu soldado: matar, morrer, tudo em vão. Não quero crer no que crê, não me chame de irmão. Não quero amar  desse jeito... Amor não seria isso. Tamanho desequilíbrio só rima com servidão. Não me prometa mais nada, você não vale um tostão... Vá e mate, morra, suma. Não conte  comigo não. Para Renato Russo. Se você soubesse o que andam fazendo por esses dias aqui no Planeta...

O velho novo homem de maus hábitos...

O velho hábito, costume desgraçado! Não abandona o homem novo renascido... Volta e meia  chega perto, faz companhia. Hábito sujo, feio, pouco e sem charme. Por que o homem não renasce todo dia? Por que não lembra de antes só o que brilhava? Destinação louca do homem: ser novo em folha... amassada... Solineide Maria

Mais uma leitura humilde de uma canção do Renato (Russo)

Para Regina (sobrinha) Metal contra as nuvens seria um a viagem em busca da Terra Prometida? Uma visão de quando se davam As Cruzadas? Um filme épico? Um filme chinês, com direito a espadas e dragões? Todas as alternativas?  Uma coisa é certa: uma composição poética de alto galardão.  A referida composição sempre me pareceu emblemática demais, por alguns sentidos dos quais consigo impetrar. O poeta libera um desabafo, que parece estar por muito tempo camuflado, ou há muito esquecido, quando diz:  Não sou escravo de ninguém Ninguém senhor do meu destino.  Mas para quem brada sua voz? Quem seria o interlocutor do seu protesto? Os céus? Deus? Os deuses? Todas as alternativas? Nenhuma delas?  Estaria o vate, gritando abandonado num cenário devastado por determinada luta? E sobre quais dias desleais o poeta estaria se referindo? Seriam muitas as escolhas sobre esses “dias desleais”, mas p arece que As Cruzadas combinariam com o cenário apresentado: as léguas anda

A realidade bate...

Tudo me pede uma prece... mas as palavras que tenho, nem um verso pobre, tece. Tudo pede oração, mas na sala a sujeira está em primeiro plano, pano de chão nela, então. Tudo solicita um grito aos céus... um louvor... Mas em cima da mesa está a conta do conserto do computador... Solineide Maria

Depois disso

Depois disso ficou (mais) difícil. Depois disso eu me escondo, eu enguiço depois disso. Eu explodo, eu um grito... Prefiro trancar tudo  de novo, esquecer o caminho  de volta. Eu insisto que é praga: depois disso. Depois disso, eu solitária, eu parada, eu sem itinerário, eu sem graça. Eu velando a mim mesma. Depois disso, eu me calo. Depois disso quero um barco que me leve pra longe: um carro, um avião, uma ponte, uma mão, um bonde. Solineide Maria S.P. 2002

À deriva

Como num sonho perdido corro em vias noturnas: solitária. Vivo um talvez irritante de algo mais. Sempre... E esses pensamentos todos vagueiam, fecundam, insistem, esperam, esperam, esperam... Como um navio no cais. Solineide Maria

A poesia pródiga

O verso volta: tempo é nada, vida é tudo. O verso volta: tudo parece normal. A poesia sempre ampara um filho bom. O vate volta: contra apatia tempo é sal... De Solineide Maria Para o poeta Baudelaire

Mais um versinho que queria ser um haicai (oriundo do recebimento de um e-mail)

From: xxxxxxx@hotmail.com To: solys2002@hotmail.com Subject: RE: Nenhum em específico... sexta-feira, 14 de setembro de 2012 07:52:02 Para quem não tem grana um e-mail de afeto é tri-bacana! Gostou? rsrs Sua lembrança de Formatura está aqui comigo. Uma lembrança mesmo, já que presente ainda não posso comprar. rs Estou sabendo (via TV) das confusões políticas e outras tramoias da Prefeitura daí. Aliás, nem sei por qual razão escrevi prefeitura com pê maiúsculo... Suas lentes são seus olhos, sei disso. Os meus óculos (lentes) estão com o grau errado, mas meus olhos fazem vistas grossas, às vezes eles nem percebem. kkkkk Não tentarei (acho) Mestrado. Flora insiste em precisar de minha presença física por MAIS tempo. Sinto demais sua falta. MESMO. Senti muito não ter podido ir à sua Graduação... Mas estendida na cama, orei por você, por nós e pelos que estavam lá, no dia. Fiquei triste por não ter ido à minha Colação, mas não foi revanche não. rsrsrs Fo

DE SAUDADES SÓIS E FRIOS (sal sea sun)

Vontade de voltar... Na janela o quadro de uma rua nua de lirismo. Não tem menino gritando, não tem menina namorando.... Um cimento em vão... Não tem criança patinando... Vão-se uns passantes, antes uns bondes, umas senhoras, uns senhores... Um gelo nas mãos... Aqueço com pão e poesia. Rabisco um texto sem nexo, escrevo outro por cima. Correção? Antes fosse... Minha função de professora se perdendo nas linhas de um artigo "escrito por um economista"... Sorrio. de mim, de tudo isso. Chamo minha companheira e digo: "sabia que te amo?" Ela me beija. Diz que está tarde, alisa minha testa. Sonhamos com uma praia linda... Um dia a gente volta. PARA CLINIO E ADY COM TODO O CARINHO DO MUNDO! Solineide Maria

Humilde leitura de uma canção do Renato (Russo)

Independente da admiração que nutro pelo poeta Renato Russo; não gostei de ele ter desistido de lutar contra a doença que lhe acometeu. No entanto, a assertiva de Jesus não me deixa esquecer que sou humana, demasiadamente humana e, por isso, “não julgo para que não seja julgada”. Graduei-me há um ano em Letras e comecei a me dar ao “luxo” de investigar suas produções poéticas com olhar menos de fã e mais de pueril técnica da linguagem . Ouço, respiro e calo.  Ouço, averiguo e escrevo que o poeta trouxe imensa carga de filosofia (por isso mesmo, reflexões) que ainda hoje instigam o ente no mundo. Apreendi, não tardiamente, que além de leitor voraz (já o sabia), o incansável compositor, sugere ter sido, grande professor da elocução. Por vezes, ele próprio teria sido seu corpus, quando da arquitetura de suas canções. Outras vezes, a própria juventude que ele tanto defendeu em suas muitas mensagens, tornava-se “musa”. Todas as composições (sem exagero) alcançam um nível de dou

Poema (tirado de duas notícias de jornais)

10 de Setembro 6 jovens chacinados na Baixada Fluminense. Foram ver pipas, tomar banho de cachoeira, brincar de ser feliz... Foram mortos por nada. A ministra disse que "isso é um marco terrível". Outra pessoa disse que eles "estavam na hora errada" na cachoeira de Deus que fez tudo em sete dias... Noutro canto 4 mortos, 2 tinham menos que 18... Destes, um era aviãozinho. Aviões são quase bombas; bomba é coisa perigosa... Qualquer que seja. "Quando tem chacina de adolescente como é que você se sente?"

A última palavra é da palavra

A palavra inicia fala. Sobre o quê? Amizade? Pode ser... Ando com dores no corpo, queria um abraço de amiga. Amigo. Sincero abraço de amigo(a) que dissesse assim: vai dar tudo certo! A palavra inicia o discurso. Sobre o quê? A escola falida? Não sei, ando farta... Farta de tanta falácia: e tenho dito. A palavra  é a mãe de todas as coisas, e o pai também. E é a filha também, e é o Espírito Santo também Amém. Solineide Maria

AUTORIA

Recebi um e-mail muito simpático. Nele, a leitora (querida) me perguntava sobre a fonte de um poema, o qual disse ter amado. Ela queria saber se a composição era de minha autoria, pois gostaria de usar em uma aula sua (de L.P.). Aproveito a oportunidade para esclarecer que TODOS os poemas e versinhos e prosas e o mais que posto aqui neste espaço de mim , são SIM, de minha autoria.  Exceto versos e poemas e vídeos de outros: mas em tais casos casos, sempre cito fontes e link's e o mais na ocasião da postagem.

Tudo é questão de COSTUME...

Já é costume lembrar de você, seu jeito de ser. Já é costume pensar suas mãos, seu olhar, sua sempre razão... Já é costume lhe ver passear em minha ilusão... Solineide Maria

O cansaço de Deus

E se Deus já se cansou e não tiver mais paciência com a Ciência, e outras coisas mais? E se Ele parar  de acender os dias? E se Ele fechar  as cortinas e lavar  as mãos? Solineide Maria

Dia da Independência

Haveremos de vislumbrar o dia dos verdadeiros homens: aqueles que valem pelo que são, pelo que pensam, pelo que fazem. Sem a carência da bajulação pelo emprego, sexo, pela atenção, vida... Solineide Maria

SALVEM A DIGNIDADE DO BRASIL! - Gil & Caetano - Haiti - Tropicália 2 -São Paulo - 1993

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Salvem o 7 de Setembro

(...) "E hoje um batuque,  um batuque Com a pureza de  meninos uniformizados de escola secundária  em dia de parada E a grandeza épica  de um povo em formação Nos atrai,  nos deslumbra  e estimula. Não importa nada:  nem o traço do sobrado Nem a lente do Fantástico,  nem o disco de Paul Simon. Ninguém, ninguém é cidadão ." (...) Caetano Veloso e Gilberto Gil Haiti

Perguntas simples que ninguém me respondeu

Que é que um homem poderia dar  para alguém que o ame? Por que ainda se quer algo em troca do amor? O que fazer para seguir sem lembranças e não estar doente? Onde se esquece o que poderia ter acontecido? Para onde vão o corpo das árvores  que as prefeituras assassinam n as vias urbanas? Para Pablo Picasso de Solineide Maria

Mais um versinho tolinho que queria ser haikai

Sem grana, uma flor de plástico é bacana. Solineide Maria

PASSADO, TEMPO E MEÓRIA

Posso ir ao passado, várias vezes e não volto igual. Vou ao passado inúmeras vezes e não revejo o que via. O passado rejuvenesce à medida que envelheço? Solineide Maria