Não estava muito bem. Trabalhando muito e ganhando mal, comendo apressadamente e também mal, acabou por ter problemas de sonolência. Foi isso que o prejudicou naquele dia, quando, sem querer, dormiu em serviço. Saiu tarde, como sempre, porque seus horários de trabalho sempre foram organizados pelas oportunidades que surgiam. Levantou-se e vestiu um casaco de marca (recém-adquirido...) de um transeunte incauto. Organizou sua agenda, mentalmente, e saiu. Sabia o endereço do próximo serviço; era perto de onde se abrigava. Avistou todos se recolherem e seguiu para o trampo. Abriu à força a porta do carro com bastante facilidade, anos de experiência lhe outorgaram tal capacidade, que considerava muito útil. Utilíssima... Encontrou um notebook quase novo, enfiou na sacola (habilmente preparada para apanhar os objetos de valor). Leu a agenda do dono do carro e descobriu tratar-se de um médico. “Interessante”... Pensou... Se precisasse um dia de cardiologista, teria um número. Escova de