Saudade de Drummond
Jung estava conosco, comigo e Drummond, numa sala grande. Paredes inundadas de quadros de todos os gêneros de pintura. Muitas esculturas nacionais e internacionais (estávamos em Luanda). Jung passava por nós (por mim e Carlos Drummond) e acenava com seu cachimbo. O poeta me diz mais baixinho do que o normal que "fumar cachimbo também faz mal à saúde". Nós se riamos... Depois começava a contar sobre as ideias que tenho atualmente sobre minha escrita e produção de escrita. Drummond me abraçou e disse que tudo vai dar certo. Eu caí num choro imenso. Fiquei chorando no ombro de Drummond por uns cinco minutos. Depois, aos poucos, me recompus . Aos poucos, enquanto ele recitava os versos do seu poema mais recente. Levantamos e ele propôs um café, assenti. Saímos dali para uma lancheta e conversamos muitos, sobre tudo, sobretudo, sobre todas as coisas. Perguntei de quem era aquela lancheta e ele disse que ali tudo era de todos, que pertencer era maravilhoso, então tudo ali pert