Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2011

O Ano Novo não é novo... Mas pode ser.

Imagem
O Ano Novo não é novo. Muda-se a data no calendário, mas as mudanças são dentro em nós. O Ano Novo marca uma etapa, mas é entre nós, intimamente, que as coisas mudam. Tudo é conosco. A roupa nova, o cinto, o sapato, as sandálias... São artefatos exteriores. A mudança é na alma... É de dentro para fora que a viagem inicia. A nova viagem anual, o velho novo recomeço... O Ano Novo é um sarau. Brindar é tradição, sorrir, dançar... Mudar é pessoal. FELIZ MUDANÇAS! Se forem necessárias. Mas sempre é bom mudar. Afinal, "todo tempo tem mdança"e quem não muda, morre e não chega a progredir. Dedico este poeminha à Carlos Drummond de Andrade. O poeta de minha vida.  Drummond me presenteou com a insipração para meu TCC em Literatura. Um dia vou publicá-la. E certamente, meu Deus e Mentores me ajudarão a continuar em Drummond: no Mestrado, Doutorado, Phd... Por enquanto, leio Drummond! Deito e acordo com ele, tomoo café e s

E-mail para Bete

Nem te conto Bete... Ontem, a realidade bateu em minha porta, rindo de minha cara. E falou repetidamente: _ Eu te avisei... Ria escandalosamente e repetia: _ Eu te avisei! Falou que viu o moço numa praia, bebendo com alguns amigos... Declamando bobagens e ideologias sem cabimento. Fiquei sem jeito sabe Bete. Sentei na cadeira e fitei aquela criatura naquela crise de risos. Não tinha como ponderar. Depois que ela percebeu minha quietude, pediu desculpa, mas insistiu em dizer que havia me alertado. Ofereci-lhe uma água, um café, o resto da ceia de Natal. Ela aceitou. Almoçamos em silêncio entrecortado pelos pedidos de passa a salada, passa o peru, me dá a farofa. _ Tem pimenta? Perguntou-me a dona da razão, respondi negativamente. Após o almoço, tomei o café de sempre. Ela não aceitou café, preferiu o resto de pavê. Elogiou a textura, o sabor... Estava sem graça e perguntou o que iria fazer dali em diante? Disse-lhe que não havia nada a fazer a não ser seguir. Dessa vez

Prece ao Menino Jesus

Escuta-me Senhor nascido entre os bichos, a prece simples que endereço-Te nesta hora. Abraça-me e conduz minha jornada, perdoa-me os retrocessos de outrora. Assim, Criança ainda,  toca em meu peito esgotado... Faz com que olvide de mim,  para viver ao Teu lado. Quero lavar-me em Teus panos de bebê, aproveitar a água usada no Teu banho. Limpar meu corpo, renovando a esperança de ter na alma, menos perda e mais ganho. Perdoa-me a demora para o trabalho, que amplia os horizontes de minha vida. Recebe minha visita arrependida junto ao Teu berço feito de palha ressequida. Reforça-me a vontade na servidão, fazendo-me uma operária abnegada. Conceda-me ouvir Teu sono, Filho de Maria devotada. Deixa-me tocar Teus pés,  Jesus Menino... Para reascender a estrela do meu destino. Dedico este poema aos amados médicos espirituais: Dr. Claudionor de Carvalho e Dr. Alenon. À toda Equipe Espiritual e aos irmãos (encarnados) voluntários do CECC.  Especialmente à irmã Raim
Era uma vez um frei... Salvou-me da desistência de mim para comigo. Andava triste por ter feito uma escolha precipitada  (pensava), além de incomodar diariamente minha irmã Sirlene, com chorumelas e queixumes, também ia ter com este religioso. Seu acolhimento paciente e recheado de poesia - muita poesia - alegrava minha alma, naquela etapa, cansada. Foi Sirlene quem me indicou, quando disse assim: “Por que você não vai conversar com Frei Edilson? Ele é ótimo orientador”. No primeiro encontro já percebi a diferença daquele sacerdote que se confessou fã de Adélia Prado e Fernando Pessoa. Dentre tantos outros poetas e escritores. Começamos então, uma amizade literária. Eu, que me preparava solitariamente para o vestibular, na intenção de dar uma guinada em minha vida trabalhista, levava para ele minha canseira. Com jeito de artista, aquela criatura iluminada, fazia da argila que levava na cabeça, lindos arranjos para enfeitar a estante da sala
Tem um lugar em mim, que vive em Balanço. Chama-se alma...

Um parafuso é um prego triste

Um parafuso é um prego triste. Só fica no lugar se a bucha ajudar, se a furadeira abrir caminho, se... Um prego recebe a pancada e aguenta. Quando não, aceita a morte sem culpa. Depois volta a ser prego na reciclagm. Um parafuso, se não der certo na vida, é muito chato... Para minha amiga e escritora Simone Paulino, no sentido de explicar minha afeição aos pregos.

Senti uma força entrando em mim! (Sobre coragem, amizade e o que realmente vale a pena)

Não há palavra que descreva a falta de jeito que experimentei  ao comentar com uma amiga (que não via há meses) sobre seu novo corte. Disse assim:   "Seu cabelo está perfeito"! Em seguida,  animadíssima, lhe dei um abraço. Ela, com olhos marejados, perguntou-me:   "Soli, você não soube"?   Um pouco sem graça, respondi indagando:   "Soube do quê? Então veio a bomba:  " Tive que tirar uma mama... Estou usando peruca, o cabelo ainda não cresceu..." Foi aí que parei. Não disse palavra. Ela  começou a resumir sua jornada para terminar o Curso de Filosofia e dar conta de casa, trabalho, marido, filhas e filho adotivo (1 ano e dois meses). Como viu que me encontrava muito atônita e emocionada, consolou-me com voz doce: "Agora está tudo bem" e me abraçou.  Não pude nem respirar... Chorei discretamente enquanto retribuí aquele abraço cheio de afeto e vitória.  É impressionante como naquele momento não consegui maiores enunci

Concepção do verso

Para se escrever um verso é preciso ter vivido, ter falado, ter sentido. Para se escrever um verso, é preciso abrir e fechar portas e janelas, acordar e ir dormir inúmeras vezes. E é preciso não escrevê-lo logo. A impaciência afugenta ideias, ideais, companhias, companheiros, homens covardes e valentes. É preciso, para se escrever um verso, detrminado tempo. Porque os versos são feitos de matérias muito sensíveis. E qualquer movimento apressado pode por tudo a perder. Para se escrever um verso, antes de mais nada, é preciso senti-lo nascer. 12/2011 13:03 Solineide Maria de Oliveira Para Rainer Maria Rilke

A infância é a melhor idade

É injusto crescer. Porque quando eu era criança, um chapéu de soldado, feito com jornal velho, já me trazia alegria. Hoje nem sei ao certo o sentido dessa palavra... Emoção? É injusto crescer. Porque quando estou farto, estou triste e só, muitas vezes, a totalidade não conforta. 25/08/2010

QUANDO OS AMIGOS SE AFASTAM

Quando os amigos se afastam,  fica um vazio na sala, no quarto e na cozinha de nossa alma. Fica uma falta no peito de paz de amor  e de pão. Fica uma carta antiga, que nunca chega a estar pronta, para envio. Quando os amigos se afastam, fica uma flor perdida num copo solitário sem cheiro, sem cor, sem chão. Para Neide e Camila

AGILDO SANTOS SILVA DE OLIVEIRA - NOVO MESTRANDO EM LINGUÍSTICA NA UESC

Imagem
Surgir do nada uma alegria: pura fantasia...
O que fazer quando existe apenas uma opção e total falta de identidade com esta?