Meu corpo, coitado, fica pensando que pode tudo e esquece que há nele mesmo um outro corpo... Um que precisa de alimentos leves: flor, canto de quero-quero, sol poente, água de ribeirão, terra vermelha, terra preta, terra... Meu corpo, às vezes, sente tais necessidades também, mas é danado esse corpo físico... ele pede: carne, pão, pedra, massa, café... Ai ai desse corpo... Um dia vão se entender, já o sinto... Eles já estão a se entender... Um já espera pelo outro no minuto do êxtase... Um já entende o outro no excesso de bebida (café). Os dois encontram-se à noite e debatem sobre mudanças benéficas para ambos. Um dorme e o outro, acordado, estuda e aprende. Às vezes, apenas estuda... Mas já adianta alguma coisa... Esses corpos estão quase unidos. Graças a Deus! Solineide Oliveira Patrocínio