Em 1999, vivia eu em Porto Seguro, quando pela enésima vez, uma amiga de Itabuna que por lá também vivia, disse-me que eu precisava conhecer Solineide Maria de Oliveira; a amiga foi insistente, disse que Soli... isso; Soli... aquilo; que era uma poeta sensível, que tinha uns escritos interessantes, que era gente boa, enfim... foi convincente. Feito o contato, Soli e eu, iniciamos correspondência... eram trocas de cartas, poemas, visões de mundo, opiniões, até queixumes eleitorais; ela em Itabuna, eu em Porto, e a internet e os Correios fazendo a ponte. Fui conhecê-la pessoalmente, apenas, em 2001; quando, de retorno à São Paulo encontrei-a na Estação Paraíso do Metrô e, a essa altura, já sabia que tinha diante de mim uma pessoa especial, uma amiga, uma poeta madura, lapidada, pronta para os leitores. E hoje, passado tanto tempo de uma amizade sem declínio, meu desejo de estar presente neste momento especial, se realiza através deste texto de homenagem. A verdadeira poesia não carece d