Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2010

AGRADECIMENTO

Deus, obrigada por mim.
"O amor só começa a desenvolver-se quando amamos aqueles de quem não necessitamos para os nossos fins pessoais." E.Fromm Achei tão bonito isso... Lembrei de Saramago. Aliás sei tão pouco de tudo. É uma leitura que faço... Vejo em Saramago mais Deus (esse que inventaram - dizem) do que os tantos religiosos e "crentes" que já vi e conheço. Saramago se aproxima de Madre Teresa,Gandhi,Santo Agostinho e do próprio São Francisco. Digo, em questões filosóficas. Sei que o transcendental em Saramago é o "aqui e o agora". Embora a Metafísica seja bastante interessante (opinião). Fiquei envergonhada ontem. Minha fala (na sala de aul sobre O Ensaio sobre a Cegueira, de Saramago) ficou como se fosse pueril demais. E eu nem havia terminado. Li hoje isso e lembrei de ontem, de Saramago, de Deus, das cegueiras da gente, que nem vê que o outro fica triste, cala e sai. A gente já ensaiou demais a bondade de ser menos gente e mais humano. Precisamos praticar a humanidade!

EU NÃO SEI CONTAR POEMA

Eu não sei contar poema Me perdoe. Não sei mesmo escrever um É tudo trama. Eu não sei ler um poema Me desculpe. São eles que me dão Leitura e amor. Nunca soube também Amar direito. Disso, creio, já te disse Mas repito. Tenho mesmo muitas falhas Mas suplico: Tende piedade de mim Rogai por mim.

Carta para Paulo Freire

Paulo Freire: Você não me conhece. Sou uma dessas pessoas comuns, que desfilam pelas ruas, muitas vezes, ensimesmadas, pensando suas impossibilidades. Ainda não sei o suficiente para me dizer intelectual. Ainda não sei ler direito, não sei escrever direito... Embora esteja cursando uma licenciatura numa universidade pública. Moro numa cidade do interior do sul da Bahia, no Brasil que você amou. Ainda não sei o que farei quando terminar o Curso. E na condição de estudante, devo permanecer. Mas acho isso bom, porque me desviará da possibilidade de virar uma dessas pessoas que retesam o “pouco” saber a que tiveram acesso. As suas falas ficam me pedindo reflexão... E, por isso, talvez, não tenha parado. Por isso, talvez, com 36 anos, tenha superado algumas pessoas, alguns pesadelos e muitas barreiras gramaticais. Por isso, por saber que sou um ser inconcluso, por saber que sou mesmo inacabado (fissurado até) graças a essa certeza, devo ter seguido. Peço que nos ajude a termos essa consciên

Carta

Itabuna, 09 de março de 2010. Professora Marialda: Ao falar o que mais me tocou com relação à Língua Portuguesa nos anos de escola, não podia deixar de fora um lado importante dela, que, em geral, na contemporaneidade, parece sofrer muito preconceito: meus primeiros anos de escola. Esses anos, que vão da primeira à quarta série, são hoje pertencentes ao Ensino Básico. Naquele tempo, as escolas de maternal até o pré-primário eram chamadas de escolinhas. Eu e meu irmão frequentamos juntos durante seis meses apenas, tempo em que meus pais puderam arcar com tal despesa. Mas não foi nada demais ficar pouco tempo ali, já que minha mãe, com apenas sua quarta série do primeiro grau de escola rural, havia nos alfabetizado. Conhecíamos as letras do alfabeto e os números. Conseguíamos escrever nossos nomes e ler algumas palavras. E mesmo não tendo decorado a tabuada, já conseguíamos resolver as operações mais elementares. Foi assim com os seis filhos. Minha mãe alfabetizou todos em casa. De modo

De nada adianta amar errado

De nada adianta amar e não abrir mão e não dar a mão e não, não, não, o tempo todo.

ALGUMAS PALAVRAS À POETA SOLINEIDE MARIA E, SEUS LEITORES.

Em 1999, vivia eu em Porto Seguro, quando pela enésima vez, uma amiga de Itabuna que por lá também vivia, disse-me que eu precisava conhecer Solineide Maria de Oliveira; a amiga foi insistente, disse que Soli... isso; Soli... aquilo; que era uma poeta sensível, que tinha uns escritos interessantes, que era gente boa, enfim... foi convincente. Feito o contato, Soli e eu, iniciamos correspondência... eram trocas de cartas, poemas, visões de mundo, opiniões, até queixumes eleitorais; ela em Itabuna, eu em Porto, e a internet e os Correios fazendo a ponte. Fui conhecê-la pessoalmente, apenas, em 2001; quando, de retorno à São Paulo encontrei-a na Estação Paraíso do Metrô e, a essa altura, já sabia que tinha diante de mim uma pessoa especial, uma amiga, uma poeta madura, lapidada, pronta para os leitores. E hoje, passado tanto tempo de uma amizade sem declínio, meu desejo de estar presente neste momento especial, se realiza através deste texto de homenagem. A verdadeira poesia não carece d

Da apresentação

Tensão tensão tensão... São tensas pessoas, tesas pessoas, não são intensas pessoas que avaliam... Desprezam humilham retesam. Na maioria dos casos.