ALGUMAS PALAVRAS À POETA SOLINEIDE MARIA E, SEUS LEITORES.

Em 1999, vivia eu em Porto Seguro, quando pela enésima vez, uma amiga de Itabuna que por lá também vivia, disse-me que eu precisava conhecer Solineide Maria de Oliveira; a amiga foi insistente, disse que Soli... isso; Soli... aquilo; que era uma poeta sensível, que tinha uns escritos interessantes, que era gente boa, enfim... foi convincente.

Feito o contato, Soli e eu, iniciamos correspondência... eram trocas de cartas, poemas, visões de mundo, opiniões, até queixumes eleitorais; ela em Itabuna, eu em Porto, e a internet e os Correios fazendo a ponte.

Fui conhecê-la pessoalmente, apenas, em 2001; quando, de retorno à São Paulo encontrei-a na Estação Paraíso do Metrô e, a essa altura, já sabia que tinha diante de mim uma pessoa especial, uma amiga, uma poeta madura, lapidada, pronta para os leitores.

E hoje, passado tanto tempo de uma amizade sem declínio, meu desejo de estar presente neste momento especial, se realiza através deste texto de homenagem.

A verdadeira poesia não carece de grandiloquência, de artifícios pirotécnicos, nem de ataviados rebuscamentos. Lhe basta ser simples, vir da alma, comunicar a vida e, ter uma linguagem correta. E é assim, a poesia de Solineide Maria.

Soli, escreve com a simplicidade de quem fala; mas, não se engane o leitor, ao contrário do que possa parecer, permeando seu estranhamento diante do mundo, seja perguntando ou respondendo, sua poesia desnuda as relações humanas e propõe outros rítmos, outros sonhos à vida de quem a lê.

A poesia de Solineide fala do encantamento. Não está engessada pela métrica, pela rima ou pelas formalidades poéticas; é simples como um beijo; no entanto, sua prosa alegórica, sua amorosidade, suas inquietações, sua perplexidade diante da vida, e sua densidade, propõem outras leituras, outros entendimentos. O “Mar” ali, pode não ser mar, e a distância pode ser aqui, ao alcance de um abraço. Vista, assim... com outro olhar, a poesia de Soli é multipla e vária. E diversa, é sua forma de olhar o mundo.

Já disseram que a atitude de ler, é uma tentativa -uma vontade- de interpretar o mundo, e escrever, é a pretensão legítima e transcendente de transformá-lo; portanto, poeta, é na distância deste imenso mar que é a vida, aqui tão perto, que te saúdo, e deixo, aqui, o meu fraterno abraço.
Parabéns, pela nova empreitada! Sucesso, sempre!

de São Paulo: Zé Carlos Batalhafam

Comentários

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  2. Soli, eu te mandei três e-mails e esto aguardando o material do seu esposo para a apresentação, alguma coisa aconteceu, porque não obtive resposta dos e-mails que te enviei...sinto muito!

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