LEITURA NÃO CANSA...
Por Solineide Maria de Oliveira.
Gostei de todas as leituras que realizei nesses dias
de recesso escolar... Experimentei momentos alegres, outros muito tristes e
outros instigantes...
Afinal, para quem não tem grana nem tempo para viagens
longas - ou curtas - nada mais VALOROSO do que a leitura para nos levar aonde
quem viaja fisicamente nem chega a aportar... Além do mais, escrevo uma Monografia para entregar em Agosto próximo (até o namorado anda cheio...).
Com o tempo, discorrerei sobre eles todos para
lermos, certo?!
Enfim descansando... Pude arrumar alguns livros que
ficaram comigo (doação de uma amiga) por falta de espaço na Biblioteca Municipal (pasmem)...
Verdade...
Cheguei com aquele pacotão de vinte e dois livros no
recinto citado, peguei moto táxi, um chuvisco persistente e, depois de esperar
pela abertura do local, deram-me essa “vergonhosa” notícia. Voltamos – eu e os
livros doados – para a casa de minha mãe, onde me hospedo até hoje...
Eles ficaram empacotados até ontem, quando eu e minha
filha faxinamos de verdade meu quarto e a casa. Devastamos casas de aranha e a
poeira lá de cima... E aquelas insistentes traças. Sabe esses bichinhos que
gostam de morar na casa dos outros, sem pagar aluguel, e ainda destroem as coisas
e a decoração? Então...
À tarde, desembalei a pacotão de livros, arrumado por
mim, para a doação aludida anteriormente. Meu irmão disse assim: “esse é muito
bom Soli” e narrou rapidamente do que se tratava. Gostei da síntese dele e me
embrenhei na leitura do volume.
Meu irmão já leu quase todos os títulos que temos. Já
aconselhei que escrevesse pequenos resumos para treinar sua escrita e
capacidade de sinopses, mas... Um dia não é? Afinal, LEITOR ele já é!
O livro chama-se “Eles não são anjos como eu” de Márcia
Kupstas. Acho que foi um desses livros encomendados para a leitura colateral
na escola... Sei... (fiquei pensando que tipo de trabalho a professora realizou
com a obra, mas logo me detive na leitura do romance).
Sim, é um romance:
tem Oswaldo, o velho muquirana, que de tão “ranzinza”
afasta toda a família de perto de si; tem o Garoto, que mais tarde ficamos
sabendo que se chama Oscar, porque a mãe gostava de nomes de estrelas do Cinema
e o dele é homenagem ao prêmio... (rsrsrs) Tem os “meninos drogaditos”, colegas
de rua de Garoto (Oscar)...
Mas o melhor de tudo é que tem a narração do Anjo da guarda de Oscar, o Samuel: ele ganha essa tarefa, a de endireitar o Garoto, assume seu
trabalho e consegue o feito!
O anjo conta a história de porte de uma linguagem
coloquial muito bem colocada, extremamente meticulosa e, em minha parca opinião,
genialmente pensada. Ótima escolha, já que o Anjo de Guarda de Oscar tinha
passado por quase as mesmas experiências do menino: foi dependente químico e
“otras cositas más”... É como o próprio Samuel diz no livro:
“Se o anjo é da guarda e o Senhor é o Senhor
dos Exércitos, aleluia! Não peço serviço mole!”
Gente, sugiro leitura! Li de uma sentada porque é um
livro de 196 páginas, com caracteres em 14 me parece e, além disso, com o
enredo todo “amarradinho” da Márcia Kupstas, a vontade é de largar o livro apenas
quando terminamos a leitura.
Infelizmente não tinha lido esse MARAVILHOSO livro
ano passado... Senão, teria assinalado para ler com os alunos que estão comigo
este ano. Leitura também é isso: compartilhamento!
O Anjo da guarda se traveste de uma personagem na
trama, uma que está presente em quase todos os hospitais que conheço... Samuel
cumpre “astutamente” sua primeira missão!
É muito bom gente!!
Pronto Marcia Kupstas... Sou sua leitora-fã! Será que
ficou claro? rs
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