Ele me olhou com olhos de amor, abraçando minhas mãos titubeantes. Fez um sinal que queria entrar, em minha casa simples, desordenada, pequena. Ofereci um copo d'água, vinha suado, o sol estava de "rachar". Ele sorriu... Talvez pensando assim: "que pretensão"... Fiquei vexada, afinal, o que dizer, o que, para Ele, poderia ofertar? Depois de um breve silêncio Ele me olhou, e perguntou com voz de algodão: - Soli, qual é seu medo? Por que demoras tanto em sua decisão? Carregue-se de suas obrigações, segue minha filha, não olhes para trás. Gente... Morri eu acho. Melhor, desencarnei. Quando acordei senti uma alegria, que somente os menestréis explicam. Havia sonhado com O POETA JESUS. Dedico à Virgínia Araújo - irmã que reencontrei no CECC . Solineide Maria de Oliveira