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POEMA SEQUIOSO DE PERDÃO

Eu não mereço tanto amor, Tanto desvelo. E esse dedo em Tua mão Assim torcido... E essa face que me ofertas Nem nada Teu... Oh Doce e Bom Querido Amigo Não, não mereço.... Não merecia Tua sentença, Tua desgraça. Não merecia Tuas tão boas Fortes palavras... Nunca terei merecimento De Tuas maneiras, Que sempre acolhem Amparam, abonam. Não, não mereço O Teu Calvário, A Tua Dor. Nunca merecerei Senhor! Nunca merecerei A Tua Santa submissão Esse “presente” de Terdes Vindo em tal Missão...

Cogitações eternas

“Tudo o que vemos é outra coisa”. E nem vemos. É uma artimanha o que os olhos fazem. Cores que não existem, imagens que não são. Flores cegas, inatingíveis. “Tudo o que temos é esquecimento”. E nem isso. Porque a memória revive, memória do esquecimento... Para mastigar com melancolia, saudade; ou amor. “O segredo da Busca é que não se acha”. Talvez. Porque sempre achamos alguma coisa, algo. Inda que seja outra coisa. “Assim cheguei a isto: tudo é erro, Da verdade há apenas uma ideia A qual não corresponde realidade”. Pode ser. Um erro pode criar uma verdade qualquer, pode ser, pode não ser. Cogitações eternas... Solineide Maria Os trechos em aspas são de Fernando Pessoa, em O primeiro Fausto.

RIO CACHOEIRA

   O Rio Cachoeira é um rio extenso. Banha algumas cidades do sul da Bahia, dentre as principais estão Itapetinga, Ilhéus e Itabuna. Sempre foi um rio de águas extensas, descendo em cachoeiras (por causa disso o nome).     Na cidade de Itabuna é que as cachoeiras sempre foram em maior número, fazendo dele, um verdadeiro espetáculo em época de chuvas. Sempre foi fonte de alimento para o povo mais carente, pois suas águas sempre ofereciam peixes de diversas espécies, principalmente as tilapias e as piabas. Também se pescava com certa frequência o peixe acari, e o pitu de água doce.     Hoje, tristemente, o rio ainda é vivo e oferece peixe, mas não se recomenda que sejam consumidos. Suas águas estão poluídas e a sua extensão diminuiu, por conta da cidade que cresceu e foi reservando para a naturezaum espaço cada vez menor. O progresso tem dessas...     Quem vê fotos antigas do rio Cachoeira, nem chega a imaginar que aquele é o r...

ODILON - COISAS DA VIDA NA SALA DE AULA

IV SEMANA LITERÁRIA DO CENTRO DE CULTURA DE PORTO SEGURO de 18 a 20 de outubro de 2011 - Local: Centro de Cultura de Porto Seguro Rua 15 de novembro s/n, Paquetá - Porto Seguro – Bahia. Homenageado: Castro Alves

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Miriam Silva (de verde) é Diretora do Centro de Cultura de Porto Seguro e, efetivamente, constrói uma história de sucesso na cultura desta cidade, muitas vezes tendo de seguir por trilhas difíceis.  A região carece de apoios muitos e a  Arte ainda não parece ser vista como alimento necessário para o engrandecimento do ser no mundo.  A arte é muitas coisas, é mais do que praia e sol, é mais do que um ritmo que faz dançar. Isso também é arte, mas a arte é mais. Por caminhos difíceis Miriam consegue se desdobrar e fazer com que o Centro de Cultura de Porto Seguro se mantenha e realize eventos primorosos e importantes. E a I V Semana Literária de Porto Seguro , trata-se de mais um destes eventos. Falei pouco com Rod Pereira (de camisa azul e óculos), mas é moço capaz demais. Preocupado em que todos possam consumir arte, leva suas apreesentações nas costas (literalmente). Está em cartaz, faz tempo, com um espetáculo. Cenário? Doze almofadas. O Rod faz isso porque é...

Senhor,

Não sou nada. E mesmo que consiga despertar para o que deveria ser faz tempo... serei, ainda, uma migalha do que poderia ter sido. Mas peço desenxabida: despertai-me! Retirai de mim essas elocuções sem nexo. Fazei o meu discurso reto, certo e pleno de boas colocações, com orações urdidas de luzes que me acendam e aos meus. Não sou nada, além de umas palavras assim falhas, frouxas, efêmeras. Além de umas intenções de não sei quê, nem quando. Apesar de minha pouca erudição Senhor, recebei-me e fazei uso do que possa, de fato, ser útil. Amém.

GIZ

O título de uma das mais belas canções de Renato Russo (Legião Urbana) , é nome também de uma rocha que se constitui de sulfato de cálcio. Pode ser encontrado em águas muito profundas, em forma de umas placas de calcite (pesquisa vagabunda no google). Giz também se usa(va) para escrever nos quadros negros. Ou para os professores registrarem apontamentos aos alunos ou para os alunos brincarem de desenhar flor, coração, casinhas e suas árvores vizinhas, praia com palmeira torta... Vocês se lembram? Hoje, metade dos alunos perdeu a ludicidade e não desenham nada. É triste. Pior. Às vezes apagam ou querem apagar a construção dos outros e de outros... Giz pode ser uma série de coisas: é nome de agência de propaganda, é nome de TV, é nome de site, é nome de revista... Entretanto, sempre será palavra altamente poética, em minha leiga opinião. Remete mesmo às coisas da infância, quando brincávamos de amarelinha, ou, de desenhar nas calçadas e na rua da gente. A rua da gente (que fique explica...