NÃO VEJO A HORA


A Arte tem colorido meus dias: música, músicas do marido de prima Elvira, Drummond, Gullar, Ezra, Massaud, Manuel……… etc, etc.
Estava aqui quietinha, buscando o significado de uns números que vi na janela, durante a noite e praticando a Língua de Sinais e “tcharan”: o disco completo. Uau! Humberto com um disco inédito e muito bom. Muito bom mesmo! As composições, misteriosamente, me tocaram e parecem discorrer sobre esse momento estranho que se vive.

Estava a pensar que essa pandemia é um pandemónio de informações e de tudo o que não dou conta. Não dou conta de mais nada, mas eis que de repente aparece o Humberto com esse disco de inéditas, chamado “Não vejo a hora”.

Estava olhando para fora da janela a ver o sol dos dias e a pensar no futuro, mas agora de modo diferente. Tão interessante olhar e não ver. Não ver no que vai dar, não saber o que será, mas ter quase certeza que vai ficar tudo bem. De repente o disco de Humberto, figura que não saiu da minha vida. O Engenheiros faz parte de um tempo muito bom. Um tempo em que dançávamos na sala, na escola, na festa de aniversário. Tudo tão simples, um luxo…

Eu que não sei nada de nada, percebo que preciso deixar de saber até isso. Ouvir Humberto me deu vontade de ler um livro que talvez escreva amanhã. Sabe essas pessoas que fazem a gente continuar com vontade de criar? Em minha opinião o Gessinger é uma dessas pessoas.
A canção Um dia de cada vez me deixou estática, mas de um modo bom. Fiz até pose.
Estava quase a perder a graça, mas a Arte é mágica!
A música Missão …….. É como se estivesse esperando o momento certo para ouvir essa canção. Poesia, “poiésis”.
Sugiro.
(Solineide Maria
Luanda, aqui e agora 13/04/2020)

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