Quero amadurecer quando for colhida. Lá na minha árvore, lá no meu pé de mim, embirrado e miúdo, quero ficar até que você olhe. E minha casca, lisa e brilhante, não será prejuízo. Minha polpa agradável e leve, será para você, minha paga, sua recompensa. E não acelere o processo de maturação, porque meu coração verde musgo, já lhe pertence. E quando for me usar, abuse de tudo em mim, e plante lá na minha árvore, ao lado do meu pé de mim, o meu caroço, de volta. Que sou doce, ou salgada, como quiser, vou ser seu abacate, acate, cate, ate. Até. Solineide Maria Este poema está incluso na Antologia Caleidoscópio, publicada pela Editora Olho D'agua, ano 2004.
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