DE CHUVAS

Quando chove, 
parece, 
a minha alma exulta ao Senhor, 
e as ansiedades viram 
gotículas que se esgotam de cansadas. 
De cansadas? 
Sim. 
De cansadas de chover. 
De cair. 
De procurar rio... 
Nascedouro... 
Está tão difícil encontrar nascedouro. 
Quando chove, 
parece, 
também há uma intensidade nos meus 
batimentos cardíacos. 
Alguém perde o barraco, 
tão cheio de tudo o que era seu. 
Aquele barraco cheio de nada 
de tudo o que era seu. 
Quando chove, 
parece, 
chovo... 



Autoria: SOLINEIDE MARIA DE OLIVEIRA DO PATROCÍNIO (Luanda-agora-aqui)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Análise do poema Olha Marília, As Flautas Dos Pastores - de Bocage

Poema para Pedro

Abacate