Eu ainda não amo feito as flores
Eu ainda não amo feito as flores.
Não sei repartir, sem cobranças.
Não sei me dar, sem ressalvas.
Não sei ouvir, sem condições.
Eu ainda não.
Não sei me dar ao que basta.
Anseio, anseio, anseio...
E não sei assumir que não sei amar.
Todos esses verbos que são válidos na prática;
ainda devo,
ainda evito,
ainda não os pratico.
Não saberei...
Até que volte o meu olhar marasmo para dentro,
e de lá seja içada pelos anjos.
Assim, vinda do mais profundo de mim,
seguirei sem vacilo, sem supostas amarras.
Dourada, anil, clarividente.
Feito as flores, amarei e passarei, gentilmente.
Solineide Maria
2004
Não sei repartir, sem cobranças.
Não sei me dar, sem ressalvas.
Não sei ouvir, sem condições.
Eu ainda não.
Não sei me dar ao que basta.
Anseio, anseio, anseio...
E não sei assumir que não sei amar.
Todos esses verbos que são válidos na prática;
ainda devo,
ainda evito,
ainda não os pratico.
Não saberei...
Até que volte o meu olhar marasmo para dentro,
e de lá seja içada pelos anjos.
Assim, vinda do mais profundo de mim,
seguirei sem vacilo, sem supostas amarras.
Dourada, anil, clarividente.
Feito as flores, amarei e passarei, gentilmente.
Solineide Maria
2004
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