A MÉDICA QUE ESCOLHIA MATAR
Não acreditava muito nessa história de fim de mundo até ligar a TV (esse transmissor de depressão quando somos incautos) e deparar-me com uma figura, no mínimo esdrúxula...
ELA TINHA UNS OLHOS ASSIM GRANDES, E UMAS MÃOS GRANDES, E UMA CABEÇA ASSIM GRANDE... E, NÃO VI DIREITO, MAS PARECE QUE TINHA UMA BOCA ASSIM GRANDE...
Não atenho-me à aparência física das pessoas, afinal, sou mingnon e não tenho muitos atrativos físicos... Procuro fazer o que aquele filósofo-poeta aconselhou: “não julgueis” (...).
Mas o fato é que aquela criatura chamou-me atenção quando apareceu na tela... Não sei dizer ao certo por qual razão: a roupa? Não, não foi a roupa, pois abóbora está na moda e azul escuro também: e cabelo ruivo é bastante interessante...
Não foi nada disso que deixou-me atônita.
Talvez tenha conseguido enxergar seus obsessores... Pode ser, pois que fiquei parada durante uns cinco minutos, tentando refazer meu espírito daquele susto. Tratava-se da história de uma pessoa que "andava passando a perna na Morte".
Sentei e liguei a TV. Vi aquela “figura” entrando no carro da PM, apoiada por policiais. Seu crime? Ela, com sua patente (?) de médica, decidia quem morria e quem não morria num hospital onde era chefe da UTI. Nesse instante fui detida...
Rememorei Hitler... Fui mais distante e lembrei-me daquele outro que mandou dizimar crianças em determinada época da História. Recordei de quando matavam os filhos das negras (quando os senhores de senzala notavam algum defeito físico). Assustou-me a voz da professora de História contando, na oitava série, sobre infanticídios indígenas lá atrás da história humana... GENTE! O que é isso? Não evoluímos?!
O pior é que sei que amanhã aparecerá outro conto (real) tão assustador quanto este, que fará com que nos esqueçamos do quão MONSTRUOSO é escolher matar, enquanto se pode escolher curar.
E mais! O quão ANORMAL é escolher matar quando se estudou para fazer viver até o fim... Não seria essa a “função” de um (a) médico (a)?!
Felizmente não tenho tempo para analisar e escrever sobre todos os desvios de personalidade que circulam pela TV... Mas parada, diante daquela “notícia” lembrei-me das pessoas comentando sobre o final dos tempos no último réveillon (31-12-2012). Lamentei em voz alta comigo mesma na sala simples da casa de minha mãe:
Chegou o fim.
Não tem mais graça gente... Não tem mais jeito... NONADA querido Guimarães... A Humanidade fora abortada...
Perguntei-me mais tarde, quando parti para os afazeres do cotidiano, tomando um café comigo:
Por que ela não se condena à morte?
A Morte a levaria muito a contra gosto para o Além... Por muitos motivos, sobretudo porque ela (A Morte legítima) leva quando é chegado o momento. E não creio que seja horrenda como rezam certas lendas, nem como me pareceu a "persona" que vi na mídia...
Essa “fulana” (?) estava passando a perna na Morte e é médica!... Que coisa mais aterrorizante... Se estou tão indignada e assombrada, imaginem os parentes daqueles que se internaram naquele hospital?...
Em dado momento do dia, chego a ter dó dessa criatura... Pois crendo em outra vida e no conceito de “Lei de Causa e Efeito”, me agasta o débito que a “infeliz” adquiriu com seus atos...
A Menina que roubava livros desenhou a ideia de morte que mais se adéqua às suspeitas de quando fui criança (e buscava respostas para tal fenômeno).
Volto a concordar com A Morte do livro:
“OS SERES HUMANOS ME ASSUSTAM”.
Comentários
Postar um comentário