Poema sem título


Não cabe em mim o que sinto.
Insiste em querer lamber a praia,
teima em se aventurar pelas nuvens.
Quer abrir os dias brincando de escorregar
nos primeiros raios de sol.
Não cabe em mim...
Entra em meus sonhos devagar,
faz parte de todos eles.
Enfeita as árvores que não dão frutos
com flores mais do que belas.
São a razão do cantar dos pássaros
nas florestas que permanecem intactas.
Não cabe...
E quando estou triste, 
bem triste,
triste de dar pena;
transforma-se em palavras
para me beijar em forma de poema.

Te amo.

Solineide Maria

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