Para Jesus

Meu Reino é simplório,
não tem casas com piscina.
Não tem garagem com dez carros.
Não tem cavalo com crinas bem urdidas.
Não tem avião nem helicóptero.
Não tem praia particular.

Meu Reino é pequeno,
cabe num peito que deseje amar
e passar.
Ele é simplório,
como os lírios de Meu Pai...
Meu Reino não tem, quase, nada demais.
Meu Reino beira a uma choupana,
se comparado aos reinos deste Planeta.
Mas no meu Reino existem coisas fenomenais:
lá dormem juntas a noite clara e a mansa paz.
Lá ficam juntas a alegria e a mansuetude.
Brincam alegres a disciplina e a cortesia.

Lá quem se afasta para servir,
volta contente.
Quem vem com medo de florescer,
cresce em segredo.
Almoçam juntas a calma,
a tolerância
e a paciência.

E todos os poetas,
de todos os lados
declamam versos pelos lugares.
Em meu Reino, quem quer servir,
é o mais servido;
percebe logo que ele é mais,
que é Divino...
Meu reino é simples,
mas é aberto a toda gente:
não tem porteiro,
não tem portão,
não tem nem porta.

A condição para que alcancem meu Reino é simples:
ame e só ame e mais adiante esquece e adentre.

Poema sob inspiração de Catarina.
Solineide Maria

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Análise do poema Olha Marília, As Flautas Dos Pastores - de Bocage

Poema para Pedro

Abacate