O AMOR

O Amor esteve aqui. Disse que o amor que sinto não é o que devo continuar sentindo.
Escreveu um texto bonito... Bonito que só lendo...
Depois me banhou com águas de lavar a alma e pediu silêncio, mais silêncio... porque é preciso ouvir e calar.
O Amor é tão bonito... parece Deus... Tem uns cabelos longos, umas mãos leves e voz de lã. Ou hortelã?
Sabe tudo e da forma exata.
Compõe versos, apenas, sobre coisas de luz e de claridades. Nunca fala sobre escuridões e abitrariedaes. Trata-se de um ser mais que metafísico. Mais que qualquer palavra "humana" possa tentar explicar.
Cuidou de minhas feridas: usou vinagre, azeite e ternura. Atou-as e depois, fez uma prece em minha cabeça. Pediu-me que esquecesse a vida humana, simplesmente humana. Disse que tenho mais a fazer do que pensar e escrever e ler, textos sobre amores vãs: "romantismo é coisa tola minha filha", asseverou.
Acredito. Acredito no Amor...
Hoje amanheci quase boa. O Amor quase me curou. Falta fazer minha parte, a do Amor está feita.

Para Regina (sobrinha), Clinio Jorge, Ana Assis, Silvana Barreto, Lili (SP), Claudemir Augusto e todos aqueles que vieram durante meus dias de "silêncio" aqui neste espaço.
Um abraço amoroso e sincero.

Solineide Maria

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Análise do poema Olha Marília, As Flautas Dos Pastores - de Bocage

Poema para Pedro

Abacate