O tempo que amava você


O tempo que amava você
Era perfeito, era real.
Folhas brincavam no meu quintal,
Enquanto em você me aquecia.

Mas foi tão curto o tempo da alegria
Passou, voou, horas e dias...
Não sei do que se fantasiou
Aqueles instantes de fantasia.

O tempo agora passa arrastado.
Prende meu rosto nesse quadrado
Que mostra “a vida besta meu Deus”
De uma pessoa que em vão nasceu.

Esse tempo sim que é real
Pisa e faz pachorra de minha sala
Ri e ainda bebe do meu café.

Eu, que nada sei e nada tenho,
Escrevo umas besteiras no papel
Enquanto o sono tarda nas estrelas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Análise do poema Olha Marília, As Flautas Dos Pastores - de Bocage

Poema para Pedro

Abacate