MEMORIAL UM TANTO DESMEMORIADO - PARTE I

Escrevo um "Memorial"
sem memória.
Umas palavras fraquinhas
rabiscam a página eletrônica...

Olha só, Primeiro Semestre:
a gente alegre, alegre.Parecia real.
E foi.
Até o Quarto Semestre.

O Primeiro Semestre trouxe o fato:
"A Escola Pública está em crise"...
Um professor disse assim:
"vocês não sabem escrever"!

Como assim? Não entendi!
Ele queria dizer, que a Escola 
não ensina ao aluno, de fato,
como produzir os Gêneros.

E ele queria um Projeto...
Meu Deus, o que vim fazer
nessa Torre impiedosa,
nas mãos desse "general"?

Apareceu lá de longe
um professor alto-astral,
muito sábio e carinhoso,
um "clínico" do saber.

Foi ficando com a gente,
falando e dando mil dicas...
Quem teve olhos, conseguiu ver...
Mas o que é bom dura pouco...

Este sábio professor-escritor,
teve de voltar pra longe,
para as terras friorentas,
e nós quedamos tristonhos...

Mas a vida continua,
E um outro professor continuou.
Deu-nos carinho e saber
até o Terceiro Semestre.

Professor e escritor,
muito bem aparelhado,
lido e até famoso.
Equipou nosso Discurso.

Depois, depois tudo ficou frio.
Um professor que não veio,
outro que não pode ficar...
Outro que estava em depressão.

Veio, porém, nos "salvar"
uma moça sem Estágio...
Valeu, "tudo vale a pena
se a alma não é pequena".

O Curso foi tomando corpo,
outras lacunas existiram,
mas apareceram de longe
um gaúcho e uma gaúcha.

MEMORIAL - PARTE I
este Memorial vai se modificando sempre que esta ingênua estudante lembrar algum fato. 
Como é um Memorial desmemoriado, essa atitude pode ser compreendida...

Solineide Maria de Oliveira

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