Tire a poeira da palavra amor!

Tirar a poeira da palavra amor, Clarice Lispector nos asseverou. Mas como?
É só assim? Tirar a poeira e se aprumar para amar? Lógico que não! Por isso, há que se tirar todo santo (ou nem tão santo) dia. Ir tirando até o fim, que segundo meu professor de tudo (Clinio Jorge) não existe.
Tirar a poeira da palavra amor ação, é desembainhar a vontade de se melhorar, de se ampliar: de amar, de fato. É abrir espaço para o AMOR e não para esse amor, esse amor... qual mesmo?
É sangrar fazendo o exercício do amor, do amar na cadência das vinte e quatro horias do dia.
Não é fácil, mas Rilke, brilhante ser humano e poeta (e vice-versa) disse, que por isso mesmo, o ato de amar já é Divino, porque não é (mesmo) fácil.
Tenho tentando tirar a poeira da palavra amor, às vezes dá certo (penso). Algumas vezes, falho. Mas não porque sou humana falho porque é natural falhar, sendo deus pequeno, Deus grande ou um Zeus qualquer...
Agora o que não se pode é desistir de tal aventura de ação (ação de AGIR).
Então, peço a Deus que me ajude a tirar todo dia, a poeira da palavra amor e da vontade que tenho de fazêlo.
Um beijo em todos os meus leitores e sugiro: faxina todo santo dia (e nem tão santo assim) na palavra amor!

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