Não fique em Silêncio! Tem gente virando lixo...

Um poema veio aqui, hoje pela tarde. Conversou comigo numa voz tão triste... Perguntou: como pode aquilo lá (ele estava se referindo ao lixo humano e não humano da capital elegida para acolher os jogos).
Não respondi. Não era uma pergunta, era uma indignação sem força. Indignações, hoje em dia, em geral, são sem força...
Ficamos sem força por meio de meia hora. Ele querendo se posicionar, eu, tentanto, em vão me dispor.
Ele, em palavras tristes e melancólicas, eu, com vergonha de tudo. Incluso de mim.
Olhamo-nos, e percebmos que ali, naquele momento, e durante alguns dias, nosso encontro seria atrapalhado.
Entendemos que palavra forçada é palavra abortada. Ficamos, os dois, calados.
Antes de ir embora gritou para mim: não fique em Silêncio! Tem gente virando lixo...

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