Quero amadurecer quando for colhida. Lá na minha árvore, lá no meu pé de mim, embirrado e miúdo, quero ficar até que você olhe. E minha casca, lisa e brilhante, não será prejuízo. Minha polpa agradável e leve, será para você, minha paga, sua recompensa. E não acelere o processo de maturação, porque meu coração verde musgo, já lhe pertence. E quando for me usar, abuse de tudo em mim, e plante lá na minha árvore, ao lado do meu pé de mim, o meu caroço, de volta. Que sou doce, ou salgada, como quiser, vou ser seu abacate, acate, cate, ate. Até. Solineide Maria Este poema está incluso na Antologia Caleidoscópio, publicada pela Editora Olho D'agua, ano 2004.
Eu também! Muito bonito o seu blog! Arrasou!
ResponderExcluirLeila
Sabe que sou sua fã incondicional, suas cartas, poemas, a poesia permanente que habita em vc.
ResponderExcluirTõ com saudade da sua escrita.
bjo,
Catherine
Sabe o que disse Leminski à respeito dessa coisa de querer sermos nós? "Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é, ainda vai nos levar além"...E Clarice...disse tanto.
ResponderExcluirbjo,
Catherine
Oi, sol! Vc é mesmo um sol, sabe? pois brilha com seus versos encatadores , emocionantes e misteriosos... bj amiga. Continue sempre assim.
ResponderExcluirSoli, infelizmente nesta sociedade capitalista, mercenária e de aparência, quase nunca podemos ser nós mesmas. Assim perdemos nossa identidade para vivermos em sociedade...
ResponderExcluirTenho o privilégio de ser aluna de Solineide Maria.
ResponderExcluirMylena