Zimermam é o nome do meu amigo

No início era antes. E antes era apenas antes. Não tinha tampa de nada, nem de remédio e nem de panela. Nem tinha remédio. Era tanto, tão diferente, que as árvores tinham mais cores e eram mais altas. Antes, eu não sei quando, pampa era um lugar sem ladeiras, todo verdinho e bonito. Hoje quer dizer muito.
Minha mãe, que não estudou muito, me contou que as palavras mudam de sentido. Minha mãe sabe quase tudo. Ela só não sabe trançar as linhas de fazer artesanato, mas nem precisava, ela trança seu cabelo, tão bonito.
Antes, pra saber o que uma coisa queria dizer, a gente usava o dicionário. Hoje, a gente usa a internet. O meu coleguinha disse para a Andressa, que o computador da casa dele tem isso, a internet. É tanta novidade que ele conta, que às vezes eu demoro um tantão assim pra acreditar.
A semana está grande feito um avião, mas eu vou pro campo de futebol com meu amigo Zimermam. Eu sei, o nome dele é meio esquisito, mas é meu melhor amigo. Outro dia ele me contou, que eu escrevia o nome dele errado. Fiquei tão chateado... Como é que eu erro o nome do meu melhor amigo, e por tanto tempo.



Solineide Maria de Oliveira - em 15/08/2008

Texto escrito por mim, para uma Atividade de Pesquisa de Campo, na Disciplina do Maravilhoso Professor Doutor Odilon Pinto, na Disciplina Linguística III.
Estávamos verificando o uso dos fonemas, e, posteriormente, escrevemos eu e o Agildo Oliveira, colega de empreitada, um Artigo SOBRE OS ASPECTOS DA REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /ã/.
Durante a pesquisa verificamos ainda, a ocorrência da troca de ão por am e o contrário. Bem como a confusão de uso de n em vez de m. Negritei as palavras que mais meninos e meninas (estudantes de 5ª e 6ª séries) fizeram confusão. Tudo muito compreensível.

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