“A uma da tarde”.

A alegria tinha hora e lugar.
Arrumei a sacola e o vestido.
Avancei para a tarde feito uma criança para aquele balanço
único,
vazio,
na praça.
Arrumei o cabelo e aparei as unhas.
Comprei coisas novas: caneta e caderneta, para as poesias.
Chá de alecrim e torradas, para logo mais à noite...
Seria bom. Arrumaríamos tempo até para a insônia.
numa satisfação enorme, feito quando nunca estamos cansados.
A alegria tinha hora e lugar. Teria...
_ Alô!
Eufórica e tola atendi ao telefonema.
_ Ta certo... Tudo bem, eu entendo... (menti).
Você desmarcava a hora da alegria e o lugar e o dia.


Solineide Maria - Março de 2009

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