Uma análise superficial sobre o filme Encontros ao acaso

Uma moça sem muita opção de lazer. É mais ou menos o que a gente sente ,quando assiste ao filme Encontros ao acaso, tendo como atriz protagonista Ashley Judd. Ashley faz o papel de Lucy, a tal mulher sem muita opção de lazer. Mas tem mais, tem que ela vive atrelada a uma família problemática, cheia de pessoas mal resolvidas e com condutas alcoólatras. Difícil, mesmo, ser feliz num meio tão conturbado. Não fosse a atuação da atriz, a melhor dela, em minha opinião, não valeria ter lacoado...
É mais ou menos assim: a moça trabalha, tem uma amiga com quem divide a casa e as agruras de viver saindo aos finais de semana e dormindo com os caras que conhece, sem maiores envolvimentos emocionais, ou nenhum. O fato de ela fazer isso a deprime muito, mas parece um vício sobre o qual ela não tem controle, parece.
No outro dia a personagem volta ao nada emocional de onde não consegue se desprender. E, quando chega em sua casa, joga a calcinha que vestiu na noite de farra sexual, no lixo. Não dá certo, é uma simbologia que não funciona para Lucy, nem para o telespectador. Jogar a peça íntima que usou na noite de sexo e vazio sentimental, não a resguarda, nem a retira daquele ciclo situacional, nem a sublima. Um tiro vazio, se o autor queria que tais caminhos fossem percorridos.
O filme vai tentando ficar bom. Aparece um carinha interessante, uma ou outra cena de enlevo do ser, onde o sol brota pela janela e a criatura sorri e diz: hoje não vai chover, hoje vai dar tudo certo. Mas não passa disso. Ainda que não seja uma experiência nula, assisti-lo, existem filmes muito mais, muito mais ricos e histórias muito mais bucólicas, com maior qualidade, para quem gosta.

Solineide Maria

Referência
Cal Percell (Jeffrey Donovan) e Lucy Fowler (Ashley Judd). Direção de Joey Lauren Adam e roteiro dele idem.
Informações de autor e atores retiradas do site http://www.adorocinema.com/filmes/encontros-ao-acaso

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Análise do poema Olha Marília, As Flautas Dos Pastores - de Bocage

Poema para Pedro

Abacate