O que sinto
O que sinto não tem a ver com amor banal.
Esse que dizem existir por aí aos montes.
Ele pisa leve, não quer mal.
O que sinto é assim, quase total.
O que sinto (por você) me perdoe
Não é corriqueiro. Não é tinta comum,
Não fecunda com duas gotas de esperma.
O que sinto meu amor, já ficou pra semente.
Por isso é que não morre.
Mesmo quando você passa e disfarça.
Mesmo quando não vê sentido e cai em desgraça.
Ainda assim fecunda e volta mais quente.
Não é isso que falam por aí. Toma, toma, toma...
É puro amor brasão antigo, silêncio tinto.
É doação de tempo e crença firmes.
O que sinto é assim, quase total.
Solineide Maria - 2008
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