Vasta é a poesia

Vasta é a poesia, coarando no quintal as palavrinhas.
Todas vêm molhadas de minha cansada e eterna nostalgia.
Eu, vasta de nada.
A poesia não, a poesia é vasta.
Eu, às vezes, sou vago estupor.
Sou como a vastidão do nada, que existe a percorrer toda calçada.
Não sou feia, não sou bonita.
Não sou vilã, nem mocinha.
Vasta é a poesia. Eu não sou nada.
A poesia, ampla e vasta, igual ao universo que transpassa,
Ela é telhado de pureza, imensidão bicolor.
A poesia é meu amor, mãe da vida, cantora da morte.
Eu? Sou algo que ninguém vê e que não se diz.
Sou o mesmo que o poema que não sabe (ou não deseja) nascer.
Vasta é a poesia!

Solineide Maria
2006

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