PRECISO AMAR QUIETINHO, QUIETINHO (feito uma cortina invisível)

Aprendi que nunca sei amar.
Que não sei, ao menos sem falar.
É que as palavras querem participar
Estar, caminhar pela vida de fora.

Aprendi que não sei esconder
Que não sei ir dormir com palavras nas mãos.
Sempre foi assim, de repente olha ali,
Olha aqui, olha a minha intenção...

Mas não da para ser assim eternamente
As pessoas se escondem, recuam,
Ninguém quer falar, ouvir, entender
As palavras que dizem coisas de se ofertar.

Preciso desaprender este amar falante.
Procurarei no baú dos silêncios
Um amar quietinho, quietinho,
Feito uma cortina invisível.

Solineide Maria
07 de setembro de 2009

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