O homem é abonado do ato do aborto. Não é culpado, não é pai, não é progenitor, não faz parte de nenhum momento que envolve o assunto. Aborta e some. A mulher marcha solitária, infinitamente solitária pelas discussões sobre o tema, isso há pelo menos, duas décadas. Não se ouve a palavra homem, pai, progenitor, o cara, o canalha, o cafajeste, o irresponsável, em nenhum momento da discussão sobre o aborto. Ouve-se falar em estuprador. Nesse caso, o estuprador poderia chegar a ter mais representatividade do que o noivo, o namorado, o marido... Uma triste constatação. A mulher é sempre vista como quem não tem coração, aquela que não pensa antes de engravidar, a que não tem nada na cabeça. Mulher assim é uma qualquer. Em geral, a mulher é a vilã da história. A solidão da mulher que pratica o aborto é imensa, chega a ser descomunal. Recentemente o Papa declarou que as mulheres que praticam o aborto e todos os envolvidos no ato devem ser perdoados e merecem prece. E o que merece o hom