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Mostrando postagens de agosto, 2012

Pedido nº 5040

Sei o que quer me dizer, entendo... Mas veja o que ando vendo, lendo, sendo. Tenha paciência comigo: dê-me um tempo a mais, para não ver mais o que vejo; não ler mais o que leio; não ser mais o que tenho sido... Ama-me do jeito que sou, que daqui a pouco serei MELHOR. Para Dr. Claudionor de Carvalho

A falta da poesia

Hoje não tem poesia. Nada parece encantar, nem de longe... Hoje não tem poesia. O céu, o sol, as nuvens, não parecem amigos. Hoje não tem poesia. As palavras não dizem, nem contradizem... Hoje não.

A LITERATURA QUE LI HÁ 20 ANOS ATRÁS

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Li Tocaia Grande . Acho que por volta de 1989...  Tocou-me profundamente.  Aquelas personagens ficaram em minha memória, passeando, como se fossem pessoas que conheci.  Penso que as conheci sim, já que nossa região (sul baiana) tem tudo daquilo que se lê na ótima prosa  romanesca de Jorge Amado. Jacinta, a cafetina, foi a que mais me intrigou: solitária, apesar de rodeada de gente... E tem o negro Castor Abduim (Tição Aceso) e um libanês que não recordo o nome... O "danado" Natário Fonseca que ganha umas terras e começa a cultivar cacau... Apesar de "sangrento" em alguns momentos (todos, quase) a história narrava amizade e algum refúgio.  Foi um livro que marcou minha vida e, de alguma maneira, minha escrita: "somos o que lemos", alguém já disse. Salve Jorge!  Li e leio.

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

Até chegar aqui, li várias vezes Carlos Drummond de Andrade. Digo aqui, neste dia de hoje. E em 1993, por aí, tive acesso ao livro em que constava o poema abaixo: Cidade prevista Irmãos, cantai esse mundo que não verei, mas virá um dia, dentro em mil anos, talvez mais... não tenho pressa. Um mundo enfim ordenado, uma pátria sem fronteiras, sem leis e regulamentos, uma terra sem bandeiras, sem igrejas nem quartéis, sem dor, sem febre, sem ouro, um jeito só de viver, mas nesse jeito a variedade, a multiplicidade toda que há dentro de cada um. Uma cidade sem portas, de casas sem armadilha, um país de riso e glória como nunca houve nenhum. Este país não é meu nem vosso ainda, poetas. Mas ele será um dia o país de todo homem. ( Carlos Drummond de Andrade ,  A rosa do povo , em  Poesia e prosa . Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992 , p.158-159.) Drummond... Esse país de todo homem ainda não existe...  Talvez seja o Brasil, mas é necessário que ocorram muitas demolições, poet

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

Que época "maravilhosa"! Eu, Sirlene (irmã), Elis, amigos queridos do CEI balançando ao som dessa moça cantante! http://www.youtube.com/watch?v=6PwtRCeL_a8&feature=related

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

Também tinha aqueles momentos "bobices juvenis". rsrsrs Mas gosto da voz dela até hoje. Tem um talento que para mídia não conta... Não interessa... http://www.youtube.com/watch?v=rlqQJ1eiDHc&feature=related

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

O mais importante  ( 22/08/1991) Ver os portos não é tão importante. Importante é continuar me amando e seguir direto... Que nem o vento. Ver os portos  não é fundamental, pois mesmo sem portos  o sol existe. Insiste. Fundamental  é amar para sempre. E seguir direto, sem dobrar nas curvas, que nem o vento...

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

http://www.youtube.com/watch?v=7NOd_sq9hsY "Temos todo o tempo do mundo." "SEMPRE EM FRENTE/NÃO TEMOS TEMPO A PERDER!"

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

http://www.youtube.com/watch?v=UHmZoT59FiQ

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

Poema desconsolado (1991) Difícil acreditar no que pede a Oração. Na Igreja Católica, na Comunhão dos Santos. Estamos tão deserdados... Pede-se demais em desacreditar na falta de cólera de Deus. Ele não deve estar contente com o que vê... Pede-se demais... Agora é difícil também seguir assim... mareados. Sem perspectivas... Sem crenças, sem porto. Por isso pedimos: aumenta nossa fé! Por isso tentamos: sem cessar! Tão difícil não cair  em tentação... Fazer vossa vontade (e nem especificas). Difícil... CRISE era o nome naqueles anos. Aqui se nota a crise da fé, da crença... Faltava no que se agarrar, tudo estava ruindo.

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

Soberba esperança (1986) A esperança agora é virtude de poucos. (...) O mundo não percebe, o Brasil não percebe... Esse Governo mente, nossos Diretores mentem... A esperança agora é honra... rsrs Antes usava muitas reticências. Claro que não transcrevi o embrião de poema na íntegra. Foram os melhores versos aproveitados. rs  As instituições Escola/Educação começava a mostrar mais fortemente a cara da crise que viria para desembocar no caos que vivenciamos hoje. Alguns políticos já sugeriam roubar e mentir... Algumas pessoas já sugeriam venderem-se... Enfim... Era o presente se fazendo no pretérito imperfeito. Realmente ... As reticências eram necessárias.

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

http://www.youtube.com/watch?v=j3LQPk-FU7U

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

http://www.youtube.com/watch?v=sCvhc9HdgEo&feature=player_embedded

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

(1986) Ficamos suspensos  sobre as finas cordas  do um futuro desconhecido. Com medo de cair onde não sabemos. Ficamos cansados como tudo o que é velho. Ficamos sós, como todos os covardes ficam. Este poema foi escrito para uma desventura na "política" que dizia apoiar os estudantes do CEI (Colégio Estadual de Itabuna). Na época, essa que vos escreve, era "metida" a gremista...

Poemas (e outros) de 20 anos atrás

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Hoje faço aniversário... Não revelarei a idade, mas são muito mais do que quinze aninhos. Para comemorar, publicarei durante o dia, alguns poemas que escrevi quando tinha 18 anos, 19 anos, vinte anos... Vai ser engraçado ver a escrita tomando forma, indo em busca de seu estilo... Encaixando palavras e pelejas, no sentido de comunicar sentimentos e emoções. Um abraço carinhoso para vocês, que tiram um milésimo precioso do tempo de cada um, para ler a poesia que imprimo por aqui. Solineide Maria Poema Pagão ( 24/04/1990) O teto irresoluto, a alma presa ao corpo. O teto em desavença, nossos corpos cansados e sós. Somos solitários... O teto caindo em nossas cabeças em pleno dia de sol... Somos irreais e permanentes, somos tolos... O teto em silêncio. O mundo é irresoluto! O sol é solitário e nós também, mesmo que estejamos acompanhados.

Recado

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Dividimos cafés e palavras. Algumas alegrias, muitas inquietações. Dividimos títulos de livros, opiniões e discordâncias. Foi bom. Não. Foi muito bom. Mas você  teve de ir embora,  trabalhar, ganhar a vida, fazer mais coisas estudar mais... Um dia (em breve) espero dividir mais alguns cafés e mais algumas palavras (ao vivo). Um abraço afetuoso. Solineide Maria

Para Clínio Jorge (O Educador educado)

O  e-mail não tem nada! Fico abrindo a toda hora  (e a todo momento) e não tem nada. Nenhuma novidade! Nem uma novidade... Algumas notícias,  algumas mensagens, mas não tem aquele  tchan  de abrir a carta. Não tem aquele  susto do telegrama. Não tem! Abre – abriu... Passou! Acaba fácil a novidade. Acaba rápido a urgência. O e-mail não é de nada... Solineide Maria  Vintehoje de 2009

Amigo-bicho

  Não tenho cão. Nem gato.    Moro com meus pais e aqui, de bicho do reino dos bichos-bichos, há um passarinho (na verdade passarinha ) que já ensaia desencarnar. Ela vive esquecendo que sabe voar. Esquece-se que precisa beber água e, às vezes, que precisa comer.     Dia desses, estava tão esquecida, que caiu na banheira. Foi muito patético vê-la aos trancos, tentando sair dali. Ajudei-a, pois, por sorte, estava na cozinha, onde sua gaiola fica. A coitada mora, então, na cozinha da casa dos meus pais.    É triste ne? Nascer com asas, ter o mundo inteiro para morar... Mas vir parar numa gaiola, na cozinha de uma casa, na cidade de Itabuna, no bairro Mangabinha (poderia ser na casa de Rejane, que fica no São Judas, onde aparecem bichos cantarolantes).    Nunca pensei em ter bichos-bichos para cuidar. No entanto, ontem, deu-me vontade de saber como é essa história de chorar por um ente do reino animal-animal. É a terceira vez que presencio o pesar de alguém que perde um cão, no c

Convite ao Bom Amigo

Senhor, vem aqui em minha casa, já que não sou digna de entrar em sua morada. Não repare na desarrumação dos meus sentimentos, mas olha... Toma esse café, fresco e alegre. Ouve meus agradecimentos e não tome nota dos queixumes... Ainda sou pouco meu Amigo... Ainda não faço o que devo - com a magistral harmonia. Ainda sou boa e má... Ainda erro nas escolhas. No entanto, repara Cristo, nas flores do jarro simples que comprei na floricultura a qual tenho acesso. São bem humildes eu sei, mas o arranjo é charmoso, o laço é até bonito e a mesa, olhe direitinho, está limpinha. Não se zangue comigo... Sei que a porta está um tanto envelhecida e, ainda assim, não aprendi a cerrá-la às más emoções.  Perdoe-me... Sei que falho e finjo não notar, mas a consciência já me tolhe o acesso à uma noite inteira de bom sono. Viu que alinhada a toalha que escolhi?  Sei que a mesa já rebola das pernas, mas a cadeira está firme e até formosa. Deixei-a bem asseada para Ti. Quando t

Acróstico sob encomenda (Para meu sobrinho André Machado)

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A bertas sãos as mãos N ada egoístas. D e perto umas questões a R esolver, mas lhe digo É mesmo -  em ondas  - a vida... M uita coragem esse moço tem! A inda há de ter maior ainda. C oragem sempre, H á uma longa estrada! A brace a paz tendo D eus no coração O ra e vigia, a alegria lhe dirá Amém. Para André - que me pediu um acróstico. Ele merece!

O ESPAÇO DE MIM

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Nem tudo é como a gente quer, mas esse cantinho me apetece. Abraça minhas pequenezas e amplidões. Sabe como sou e como me sinto, sempre. Às vezes está aberto, mas às vezes fica fechado. Não por zanga, por cuidado. Esse lugar gosta de mim. Tem asas de papel. Elas me fazem voar pelas estrelas mais distantes. Às vezes me fazem ficar e entender coisas, para depois explicar. São asas incríveis, que desfilam sabedoria e glória. Desfilam também, inglórias, em geral, causadas pelos humanos. Tenho minhas asas prediletas. Aquelas que, volta e meia, revisito. No entanto, vivo usando asas novinhas, que se mostram em vitrines com cheiro de aventura, ação, suspense. Enfim... Nesse lugar a janela me abre um sorriso branco e azul. Às vezes verde. Estou falando do mar. Que presente da natureza. E nem mereço, sou da raça que mais aniquila tais beldades naturais... Mas me abasteço, nesse lugar de energia salutar, quando a vida bate de frente na minha cara. Um breve ventilador me refresc

As MANEIRAS DE AMAR DAS MULHERES "MACHADIANAS"

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Tenho especial carinho por este poster. Ele foi criado por mim, para apresentação do trabalho em grupo, na disciplina de Literatura Brasileira do oitavo semestre do Curso de Letras na UESC. Um abraço aos amigos do grupo. Saudade... O artigo recebeu nota 9,0, mas Clinio deu nota DEZ para o poster.

15 anos

F ica combinado L onge ou perto O nde haja sol R io ou mar alto A í estaremos. M enina outro dia A gora mocinha R ima dos meu dias I nspiração pura A mor verdadeiro. Flora Maria: Obrigada por ser minha filha nesta encarnação. Parabéns pelos seus 15 ANOS! Te amo.

Um bilhete para Flora

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No breve espaço escrevo seu nome. Meu único poema perfeito, sem equívocos. Meu coração é só amor.  Resguardo o fôlego... Flora, por que suas mãos são tão companheiras ? Por que confias assim?  Ser mãe não quer dizer ter fortaleza. Saiba: você   veio ajudar-me em meu jardim. Solineide Maria 2003

Pedrinha de Gelo ( Uma cronicarta um tanto medrosa, para Flora Maria, minha filha de seis anos)

O que falar sobre o que pensava que pudesse acontecer?  Não creio em amor carnal, nem sentimento de ferro que dure até ficar velho. E  esse gelo caindo, trouxe-me uma dúvida: o  que fazer para que, envelhecidos, não percamos a meninice de gostar de ver a chuva caindo em pedrinha de gelo? E sobre esses sonhos, Flora Maria? Caindo de mim e dizendo:  Sua boba, bobinha... Foram cinco minutos eternos de pedrinhas de gelo, caindo do céu. Caíram também, um monte de lembranças. Ex-sonhos. Todos enfileirados, dizendo:  Sua boba, bobinha... Estive tão indefesa Flora Maria...  Aqui da janela do RH da Lubrin... E das poesias? O que fazer dessas poesias que ficam em mim, presas, incrustadas? Que desejam cair de mim nos papéis. Querendo tornarem-se letras, letrinhas, palavrinhas, sentimentos deitados nas folhas brancas, amarelas, marrons... Tudo tão sem sucesso, tão sem força, tão sem convicção. Palavras para quê minha filha? Já se escreveu tanta coisa. Todas são melhores do que as qu

Entre dois lugares

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De onde vim, o céu é azul e voam pássaros. Onde estou, o céu é cinza e os pássaros são de aço. Quando a tarde cai na terra onde nasci, o sol deita sereno e tranquilo. As pessoas voltam calmamente, do trabalho, para suas casas. Alguns, param para bebericar e comer acarajé. Outros  vão para suas casas, abraçar a paz de um belo café preto, puro e bom. Aqui, a tarde é medonha pelas ruas: os carros voam loucos, ultrapassam os sinais, as lotações abarrotadas, todos com apreensão de chegar em casa,  pois a noite é curta e logo a manhã chega, para tudo recomeçar atordoadamente. De forma que o  descanso é cansado, morno, pouco... O sustento de onde vim - dá para levar a vida simplesmente - numa espécie de resignação cristã: às vezes frustração, às vezes melancolia... Aqui se ganha e se paga na mesma moeda. Às vezes há lazer e, muitas vezes, gratuito. No entanto, onde fica o caminho para a real satisfação?   São Paulo Solineide Maria 2003 Este texto remete a um

Lembranças

Essas lembranças são mornas. Isso irrita. Não são aquecedoras, nem resfriam de vez um coração errante. Essas lembranças são fáceis de compreensão. Isso as torna pobres. Pois apenas em percebê-las, desfaz-se o encanto em tê-las. Essas lembranças são lixo sentimental: não acrescem, nem diferem. Não compram, nem criam filho... São ovoides, e quase coisas podres; por isso causam nem riso, nem prumo, nem falta dele.